A WeWork informou nesta quinta-feira (19) que planeja a demissão de cerca de 300 funcionários diante de pressões econômicas, como inflação alta, que tem reduzido a demanda por escritórios compartilhados, segmento da companhia.
O corte deve ser realizado em vários países de atuação da WeWork, que vem tentando reduzir seus ativos imobiliários e sua força de trabalho diante de receios de recessão.
Ainda assim, a empresa afirmou que espera divulgar o resultado do quarto trimestre acima de suas expectativas iniciais.
Em novembro do ano passado, a companhia já havia anunciado a saída de 40 locais nos Estados Unidos e que esperava receita do quarto trimestre entre US$ 870 milhões e US$ 890 milhões, abaixo da previsão média de Wall Street, de US$ 923,8 milhões.
Demissões em massa não atingem apenas a WeWork
Na última quarta-feira (18), por exemplo, apesar da Microsoft (MSFT34) não comentar o assunto, o possível layoff na companhia foi assunto em grandes jornais. De acordo com a emissora britânica de televisão Sky News, a Microsoft irá dispensar cerca de 5% de sua força de trabalho, o equivalente a 11 mil funcionários.
Também recentemente, a fintech Méliuz (CASH3), a startup de seguros Pier, e até a 99 cortaram sua força de trabalho.
Outras gigantes do setor, como Amazon (AMZO34), a dona do Facebook e do Instagram – Meta (M1TA34) -, e Twitter (TWTR34) também fazem parte da lista de empresas que dispensaram seus funcionários.
Ainda, grandes bancos, como XP (XPBR31) e Goldman Sachs, também planejam grandes cortes em suas forças de trabalho. Já o Morgan Stanley demitiu, em todo o mundo, cerca de 1,6 mil funcionários.
O cenário aponta que o caso da WeWork não é isolado. Na realidade, especialistas consultados pelo BP Money entendem que a situação era inevitável, já que o mercado e a economia são cíclicos, e o momento do aperto chegou, o que levou as empresas a escolher entre aumentar a receita e cortar gastos