Os fundos de investimento que tinham exposição aos papéis e debêntures da Americanas (AMER3) também sofreram com a divulgação de uma inconsistência contábil da ordem de R$ 20 bilhões na companhia.
Um levantamento do economista Marcelo D’Agosto, coordenador do Guia Valor de Fundos, com base em dados da Morningstar, apontaram que as perdas no dia seguinte à revelação do caso, na quinta-feira (12) chegaram a 6,83%, no fundo de ações Moat Advisory, distribuído na plataforma da XP (XPBR31), segundo informações publicadas pelo “Valor Econômico”.
Na própria quinta, a Moat Capital Gestão informou que as posições de seus fundos em ações ordinárias de Americanas na véspera chegavam ao máximo a 8% do patrimônio líquido do Moat Capital FIA Master, e que todas as posições dos fundos nesse ativo estavam de acordo com as métricas de risco dos respectivos produtos, apesar do cenário de estresse.
As carteiras da ARX Macro e ARX Extra recuaram 2,41% e 2,46%, respectivamente. Na quinta-feira, a ARX tinha feito comunicado aos cotistas informando que os fundos com maior exposição a Americanas eram o master do ARX Everest e a versão de previdência do Denali, com 1,2% e 1%, respectivamente. O Everest recuou 0,53% no dia 12, segundo o desempenho divulgado em seu site, enquanto o Denali Icatu Previdência perdeu 0,24%.
Ainda, o Butiá Debêntures Incentivadas marcou um prejuízo de 1,59% na sua cota e o Riza Daikon Advisory teve desvalorização de 1,08%.
Americanas contrata Rothschild para renegociar dívidas
A Americanas informou nesta segunda-feira(16) que seu conselho de administração contratou a Rothschild & Co, para atuar como interlocutora da varejista na renegociação da dívida, a nível Brasil e internacional.
“A Americanas reforça seu compromisso na busca de uma solução de curto prazo com os seus credores”, escreveu em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Nesta segunda-feira (16), por volta das 16h30 (de Brasília), as ações da Americanas despencavam 38,73%, cotadas a R$ 1,92.