Com 1,3 milhão de cotistas, o maior fundo de renda fixa do Brasil, o Nu Reserva Imediada, do Nubank (NUBR33), apresentou, na sexta-feira (13), rentabilidade negativa após o anúncio do rombo de R$ 20 bilhões da Americanas (AMER3). Até então o fundo vinha registrando ganho equivalente a 109% do CDI (taxa de referência para aplicações de baixíssimo risco). As informações são da coluna Capital, do “O Globo”.
Segundo informações do jornal, o Nu Reserva Imediata expõe cerca de 20% da carteira a títulos corporativos. Entre essas ações, 1% do patrimônio do fundo estava alocado em duas debêntures da Americanas (LAMEA7 e LAMEA4), de acordo com o levantamento realizado pelo “O Globo” na base de dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os dados são do fundo “master” e datados de setembro, os mais recentes disponíveis. Isso porque algumas gestoras podem pedir à CVM para que a carteira de seus veículos fique em sigilo por alguns meses para evitar a espionagem de concorrentes. Sendo assim, não é possível saber se esse percentual aumentou ou, ainda, se há novas aplicações em ativos de outras empresas que também foram atingidos pela crise na varejista.
Com investimento a partir de R$ 1, o fundo do Nubank é indicado como uma opção para “quem quer construir uma reserva de emergência com segurança e também não abre mão de um retorno melhor do que o da poupança e da taxa CDI no longo prazo”.
Clientes do Nubank se revoltam
Desde o fato relevante informando as inconsistências contábeis, até a saída do então CEO (presidente) Sérgio Rial, clientes do Nubank acompanham de perto os últimos desdobramentos e se revoltam no Twitter.
Como resposta, o banco afirmou na rede social que, “nos fundos Nu Reserva Imediata e Nu Reserva Planejada, os ativos de renda fixa podem variar de valor conforme a marcação dos preços, que “varia conforme notícias e eventos de mercado”.
E acrescentou: “Recentemente, o mercado teve uma variação atípica que impactou o rendimento de alguns investimentos. Lembramos que o fundo conta com estratégias de longo prazo, que visam a minimizar o impacto de variações pontuais”.
Em nota enviada à coluna, a Nu Asset Management (gestora de fundos de investimento do Nubank) afirma que, “diante do evento atípico noticiado sobre a referida empresa, imediatamente revisitou os limites e a posição dos seus ativos nos fundos sob nossa gestão”.
“A Nu Asset também esclarece que as cotas dos fundos impactados já refletem o valor de mercado das debêntures das Lojas Americanas e que prossegue com o acompanhamento contínuo da situação da empresa e das suas posições em nossas carteiras. Seguimos atuantes para assegurar os interesses de nossos cotistas”, informou o Nubank.