A ações da Americanas (AMER3) estão disparando nesta sexta-feira (13). Por volta das 15:30 (de Brasília), os papéis da varejista avançavam 27,94%, cotados a R$3,48. Ao longo da tarde, o papel chegou a superar os 50% após ter fechado a R$ 2,72 na quinta-feira (12).
Mesmo com os ganhos desta sexta-feira, a ação continua distante de recuperar os R$ 12,00 do fechamento de quarta-feira (11), no último pregão antes da companhia informar um rombo de R$ 20 bilhões.
Após o anúncio do rombo bilionário, o valor de mercado da Americanas caiu significativamente. No dia 11 a empresa fechou valendo R$ 10,8 bilhões. Na quinta-feira, dia 12, fechou a R$ 2,4 bilhões.
Americanas (AMER3): minoritários pedem investigação sobre PwC
A Americanas (AMER3) foi denunciada nesta sexta-feira (13) pela Abradin, associação que reúne minoritários de empresas de capital aberto. Em documento levado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a agremiação pediu uma apuração de responsabilidades sobre a revelação pela varejista na quarta-feira (11) de problemas contábeis da ordem de R$ 20 bilhões.
A denúncia, que foi assinada pelo presidente da associação, Aurélio Valporto, pede que as apurações englobem a empresa de auditoria PwC, responsável por analisar os balanços contábeis da Americanas.
“Chamou muito a atenção da Abradin a absoluta imperícia da empresa auditora, a PwC, bem como a omissão do conselho fiscal da empresa. Custa-nos, ainda, acreditar que tal fato seria desconhecido das administrações anteriores e mesmo de seus acionistas controladores”, afirmaram os minoritários no documento entregue à CVM.
A Abradin ainda pede que sejam aplicadas as punições administrativas cabíveis aos responsáveis pelo rombo bilionário e que as investigações conduzidas pela área técnica da autarquia sejam encaminhadas ao Ministério Público “a fim de que as devidas medidas judiciais sejam tomadas”.
“Chamar de ‘inconsistências’ os fatos relatados não passa da tentativa de emplacar um eufemismo para uma fraude multibilionária que não só destruiu patrimônio dos acionistas da companhia como, e principalmente, mina a credibilidade do mercado de capitais brasileiro, afugentando investidores justamente em um momento em que a economia nacional tanto precisa de investimentos diretos na produção para retomar sua trajetória de crescimento”, escreveu a entidade na denúncia contra a Americanas.