Política

Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo

Bolsonaro usou cartão corporativo em sorveterias e padarias

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022 no seu cartão corporativo, de acordo com planilhas que se tornaram públicas nesta quinta-feira (12). 

Do total, foram R$ 13,7 milhões com hotéis. Somente no Ferraretto Hotel, no Guarujá, cidade do litoral paulista, foi pago R$ 1,4 milhão. Na alimentação, Bolsonaro gastou cerca de R$ 10,2 milhões, sendo R$ 8.600 gastos em sorveterias e R$ 581 mil gastos em padarias.

Há um gasto de R$ 109.266,00 no modesto restaurante Sabor de Casa Delivery, localizado no centro de Boa Vista (RR), em 26 de outubro de 2021. Foi a maior despesa com alimentação registrada em um cartão da Presidência durante o mandato de Bolsonaro.

MP de Contas pede bloqueio de bens de Bolsonaro

O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu na última quarta-feira (10) o bloqueio dos bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres.

O pedido foi assinado pelo subprocurador Geral do MP/TCU Lucas Rocha Furtado. O documento afirma que o objetivo do bloqueio é garantir o ressarcimento público pelos danos causados pelas invasão ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, ocorridas no último domingo (08).

Os terroristas quebraram vidraças, quebraram poltronas, equipamentos eletrônicos e destruíram obras de arte. Apenas o Senado e a Câmara estimaram um prejuízo de cerca de R$ 7 milhões.

“Ao Excelentíssimo senhor Presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, em razão de processo de tomada de contas e do vandalismo ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, que provocou inúmeros prejuízos ao erário federal, solicito que seja decretada a indisponibilidade de bens dos senhores Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, do governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha, bem como do senhor Anderson Torres, secretário de segurança do Distrito Federal exonerado, bem como de outros responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais. Aproveito a oportunidade para me colocar à disposição dessa Corte para novos pedidos de indisponibilidade”, escreveu o subprocurador Geral do MP/TCU.