Política

Haddad: nomes para Caixa e BB (BBAS3) devem sair nesta semana

É esperada também a definição da composição do CMN (Conselho Monetário Nacional)

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou na terça-feira (27) que os nomes dos presidentes da Caixa e do Banco do Brasil (BBAS3), além da definição da composição do CMN (Conselho Monetário Nacional) devem sair esta semana, a última antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Haddad disse que participou de conversas com o presidente eleito sobre possíveis nomes, mas que Lula ainda está em processo de escolha e em reuniões com pessoas interessadas. 

O petista afirmou que também nesta semana será definida a composição do CMN. Segundo o “Broadcast”, com a divisão do Ministério da Economia, a composição deve voltar à formação existente antes do governo Bolsonaro, com participação dos ministros do Planejamento, da Fazenda e do presidente do Banco Central.

Haddad pede e Guedes não renova corte de imposto de combustíveis

O futuro de ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a atual gestão “se abstenha de tomar qualquer medida que venha a impactar o futuro governo”, após surgir a possibilidade de o atual governo prorrogar a desoneração dos combustíveis, que se encerra no sábado (31). 

“Telefonei para que o governo atual se abstenha de tomar qualquer medida na última semana que venha a impactar o futuro governo”, disse Haddad a jornalistas no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). 

“Sobretudo em temas que podem ser decididos daqui a dez dias, daqui a 15 dias, daqui a um mês, sem qualquer atropelo. Para que a gente tenha a sobriedade de fazer cálculo de impacto, verificar a trajetória do que a gente espera nas contas públicas ao longo dos próximos anos”, completou o futuro ministro. 

Ainda de acordo com o petista, Guedes respondeu que recomendaria nesta semana que não se tomasse nenhuma medida que impactasse o futuro governo. 

Segundo o “Valor”, fontes do governo federal informaram aos jornalistas presentes que havia um acordo entre a atual gestão e o governo eleito para prorrogar a desoneração por 30 dias. 

A desoneração de tributos federais como o PIS/Cofins e a Cide foi feita em meados deste ano pelo presidente Jair Bolsonaro a fim de mitigar o impacto da guerra da Ucrânia nos preços dos combustíveis.