A Eve Soluções de Mobilidade Aérea Urbana, controlada da Embraer (EMBR3), receberá um financiamento de R$ 490 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O montante será usado na primeira fase do desenvolvimento de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL, da sigla em inglês).
O valor do financiamento para a controlada da Embraer corresponde a 75% do total investido nesta fase do desenvolvimento do projeto, voltada à pesquisa e desenvolvimento (P&D), que é de R$ 652 milhões. Do total, R$ 80 milhões serão oriundos do Programa BNDES Fundo Clima (subprograma Mobilidade Urbana) e R$ 410 milhões serão provenientes da Linha Finem – Incentivada A/Inovação.
Conhecido também como carro voador, o eVTOL da Eve será 100% elétrico à bateria e capaz de transportar quatro passageiros e mais o piloto, por uma distância de até 100 quilômetros. Além disso, o veículo será projetado para realizar voos urbanos e proporcionar baixos níveis de ruído e maior sustentabilidade em relação aos veículos tradicionais.
“Trata-se de um enorme esforço inovador realizado no Brasil. O sucesso no desenvolvimento do eVTOL permitirá o ingresso num segmento de mercado de alta intensidade tecnológica”, disse Bruno Aranha, diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES.
“O BNDES será um parceiro fundamental para completarmos o desenvolvimento do nosso portfólio de produtos e serviços”, afirmou André Stein, co-CEO da Eve, controlada da Embraer.
Embraer (EMBR3):JPMorgan corta preço-alvo de ADR
Recentemente, o JPMorgan reduziu o preço-alvo para os ADRs da Embraer (EMBR3), de US$ 16 para US$ 15,50, refletindo um possível cenário macroeconômico mais complicado em 2023. Apesar disso, o banco reiterou avaliação de compra para os ADRs da companhia, pois espera um quarto trimestre com forte geração de caixa.
Segundo o banco, a situação no próximo ano pode levar a entregas mais baixas na aviação comercial. A estimativa do JPMorgan aponta que o número de aeronaves e jatos pode cair de 75 para 70 e 110 para 105, respectivamente.
Mesmo assim, o time de research do banco acredita que 2023 seja um ano melhor, apesar da potencial recessão no horizonte. De acordo com o banco, isso reflete uma melhoria contínua nas cadeias de suprimentos e entregas mais altas em 10%; uma chance de alta nos pedidos do segmento de defesa; e crescimento de serviços e suporte, refletindo novos contratos e maturação.
Além disso, a empresa espera o fim do arbitragem da Boeing durante o primeiro trimestre de 2023, que não está incluída nos números do banco.