O C6 Bank acaba de lançar produtos de renda fixa na C6 Global Invest, que é a conta da instituição no exterior. Ao todo, serão oferecidos quatro CDs, sigla em inglês para Certificado de Depósito, uma versão estrangeira dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
Os títulos disponíveis são prefixados e terão prazos de vencimento de 30, 60, 90 e 180 dias, respectivamente. Todos de curta duração. Os produtos terão rentabilidade atrelada à taxa de juros dos EUA, mas poderão se valorizar também de acordo com a oscilação do dólar.
Os CDs serão direcionados para investidores que buscam dolarizar uma parte da carteira, tanto para diversificar quanto para buscar proteção na moeda norte-americana. De acordo com o C6 Bank, os juros altos em mercados como Europa e EUA oferecem uma oportunidade de retorno em renda fixa que não se via há muito tempo.
“Como o mercado está volátil, as pessoas estão com maior aversão ao risco. Então tinha essa demanda vinda dos próprios clientes. Inicialmente estaremos emitindo títulos com quatro prazos curtos. Depois, avaliaremos a demanda e adesão e poderemos emitir mais”, informou Igor Rongel, chefe de investimentos do C6 Bank.
Os clientes do C6 Bank com uma conta C6 Global Invest poderão investir valores a partir de US$ 2 mil em CDs e os produtos só poderão ser resgatados no vencimento. Inicialmente, a aplicação será feita por meio da assessoria de investimentos da instituição financeira.
C6 Bank diz que investidor percebeu oportunidades fora do Brasil
Recentemente, o chefe da área de investimentos do C6 Bank, Igor Rongel, notou um aumento do interesse dos clientes do banco por ativos internacionais, apontando uma nova tendência no mercado brasileiro, em um ano marcado pela renda fixa nos holofotes após a retomada da trajetória de alta da Selic.
“2022 foi um ano até acima das expectativas. Os juros em patamares altos gerou a migração esperada para os produtos de renda fixa. Ainda assim, a hipótese de retração na renda variável não aconteceu. As pessoas que foram para a bolsa quando os juros estavam a 2% ao ano continuaram lá”, avalia o executivo do C6, ao “EInvestidor”.
“Outro movimento que enxergamos foi uma demanda maior por produtos internacionais. O investidor se deu conta de que, dificilmente, as melhores oportunidades de investimento estão no Brasil”, completou Rongel.
O chefe da área de investimentos do banco também projetou o ano com o novo governo.
“Sempre nos preparamos independentemente do cenário político. Do ponto de vista mais macroeconômico, as taxas de juros permanecerão altas e a inflação provavelmente vai começar a ceder um pouco mais no final do ano que vem. O câmbio é muito difícil de prever. Se o investidor estiver dentro do seu nível de risco, diversificado de uma maneira eficiente, vai aguentar qualquer cenário”, destacou o executivo do C6 Bank.