Política

Privatizar Correios está 'fora de cogitação' no governo Lula

Informação foi dita por Paulo Bernardo, ex-ministro do governo Dilma e membro da transição petista, ao "UOL"

O ex-ministro das Comunicações de Dilma Rousseff, Paulo Bernardo, que coordena o grupo técnico de Comunicações da transição petista, afirmou ao “UOL” que os Correios não serão privatizados e essa possibilidade está “fora de cogitação”. A reportagem foi publicada pelo site neste domingo (18). 

A privatização dos Correios foi pauta durante o começo do governo Bolsonaro e teve início no mesmo, mas, atualmente, está parada. De acordo com Bernardo, a maior dificuldade com uma empresa privada seria conseguir entregar correspondências em todos os lugares do País, como fazem os Correios.

“Ninguém quer disputar o mercado da Amazônia. As empresas querem discutir a privatização dos Correios para tirar o concorrente do Rio de Janeiro e São Paulo”, disse Bernardo ao “UOL”.

Os Correios devem, entretanto, aumentar sua margem de lucro para ficar mais competitivo, além de investir em modernização e diminuir custos. 

O governo Bolsonaro alegava que a privatização dos Correios poderia diminuir os gastos públicos em cerca de R$ 2 bilhões por ano. Além disso, na visão do governo atual, a privatização melhoraria a eficiência dos serviços postais do Brasil, já que o governo tem dificuldades em investir neste setor. 

Paulo Bernardo já havia dito, na semana passada, que governo suspenderia privatização dos Correios

O ex-ministro Paulo Bernardo afirmou, na última sexta-feira (18), em Brasília, que o fim do processo de privatização dos Correios poderia ser proposto por membros do governo petista. As informações foram publicadas pela Agência Brasil.

“Nós vamos fazer um levantamento e recomendar. A nossa ideia é recomendar, acabar com essa ideia de privatizar os Correios. A gente mais ou menos antevê o que o presidente pensa sobre isso”, afirmou Bernardo, sinalizando concordância de Lula com a interrupção do processo.