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Covid-19: China registra "ruas desertas" em meio a novos surtos

De acordo com a "Reuters", nova onda de covid-19 atinge centros urbanos de norte a sul

As ruas das principais cidades chinesas ficaram “desertas” neste domingo (18). Segundo informações da “Reuters”, a população está se protegendo do aumento de casos de covid-19, com uma nova onda que atinge centros urbanos de norte a sul. 

Ainda de acordo com informações da agência, essa pode ser a primeira de três ondas de casos de covid-19 previstas para o inverno. A informação teria partido do epidemiologista-chefe da China, Wu Zunyou. 

O feriado de Ano Novo Lunar em janeiro tende a fazer com que as pessoas retornem às suas regiões de origem. Com isso, é esperado o aumento de casos de covid-19. 

Pequim tem sofrido com a disseminação da Omicron. No último sábado (17), a “Reuters” publicou que casas funerárias e crematórios de Pequim estão lutando para atender a demanda, com um número menor de funcionários, já que muitos estão contraindo a doença. 

Outras cidades da China, como Xian, localizada no noroeste do país, também demonstram uma queda no número de pessoas circulando, com metrôs vazios pela cidade. Xangai, centro comercial da China, também viu uma queda na circulação de pessoas, com a “agitação” que existe em véspera de ano novo mais retraída. 

Autoridades de Xangai já solicitaram aulas remotas para as crianças, a partir de segunda-feira (19). Segundo o epidemiologista-chefe da China, o surto de covid-19 atual pode demorar três meses, com três ondas diferentes.

Mesmo com crise de saúde a vista, China deve afrouxar mais ainda a “covid zero”

Autoridades da China sugeriram um novo afrouxamento das restrições contra a covid-19, visando melhorar a situação econômica do país para 2023.

Em 2023, o governo terá como missão reforçar a confiança das empresas e famílias. Um dos objetivos da China é recuperar a demanda do consumidor, que foi atenuada pela “covid zero”. 

Com o fim da política de ‘covid zero’ na China, neste mês, entretanto, autoridades de saúde estimam um aumento drástico no número de casos da doença no país.

Na Conferência Central de Trabalho Econômico da China, encerrada na última sexta-feira (16), as autoridades disseram que “otimizarão e ajustarão” as políticas de controle da covid-19.