Fundador da FTX, Sam Bankman-Fried foi acusado pela Justiça das Bahamas de esconder US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) em uma empresa chamada Modulo Capital, registrada no país em maio deste ano. Ele foi preso na segunda-feira (12).
De acordo com o “Daily Mail”, a empresa é brasileira. Existe uma gestora baseada no Rio de Janeiro com o mesmo nome da entidade criada nas Bahamas. No entanto, o “Portal do Bitcoin” noticiou que a gestora negou que o dinheiro da FTX tenha sido destinado a mesma.
Segundo Alexandre Martins, sócio da Módulo Capital, a companhia tem apenas cotistas brasileiros e o valor total de seus fundos está na casa dos R$ 300 milhões – muito inferior aos R$ 1,6 bilhão que teriam sido transferidos por SBF.
O investimento do criador da FTX foi revelado durante o julgamento do seu pedido de fiança de US$ 250 mil, negado por um juiz das Bahamas, país onde ele está preso.
A fiança de Bankman-Fried foi negada horas depois de sua equipe jurídica ter notificado os tribunais das Bahamas de que pretendia agir contra qualquer ordem de extradição para os EUA, caso ela fosse solicitada.
FTX: fortuna de ex-CEO cai de US$ 26 bi para US$ 100 mil
Antes da exchange enfrentar problemas de liquidez, o empresário tinha um patrimônio de mais de US$ 26 bilhões. Porém, esse valor caiu para apenas US$ 100 mil no último mês.
O ex-CEO da FTX declarou que este é o valor que sobrou em sua conta bancária depois da falência da exchange. Antes do colapso, Sam Bankman-Fried era apontado como um dos maiores bilionários do mercado cripto. A exchange criada por ele, foi fundada em maio de 2019, e rapidamente se transformou em uma das plataformas mais utilizadas entre os usuários para negociar criptomoedas.
Entretanto, problemas de liquidez vieram à tona, por meio de mensagens divulgadas por Changpeng Zhao, cofundador e CEO da Binance. Em uma troca de tweets entre Bankman-Fried e o Zhao, o mercado cripto foi surpreendido com indícios de falta de liquidez na plataforma.
O problema foi anunciado pouco tempo depois do CEO da Binance falar sobre a falta de liquidez da FTX. Um acordo entre os dois poderia resultar na compra da exchange pelo grupo da Binance, mas a negociação não foi adiante.