Política

Quem é Gabriel Galípolo, secretário-executivo de Haddad

Gabriel Galípolo ganhou notoriedade em 2022 pela proximidade com Lula

O ex-banqueiro Gabriel Galípolo, 40, ganhou notoriedade em 2022 pela proximidade com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sendo um de seus conselheiros sobre mercado financeiro. 

Recentemente, Galípolo também se aproximou do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ao participar da coordenação do plano de governo do ex-prefeito na disputa pelo estado de São Paulo, da qual ele saiu derrotado.

Apesar de não ter conseguido eleger Haddad, o ex-banqueiro foi chamado pelo futuro ministro para assumir a secretaria-executiva da Fazenda. Curiosamente, sem experiência em cargos públicos, o economista, que é mestre em economia pela PUC de São Paulo, terá que aprender como tocar o dia a dia da gestão do ministério da Fazenda. 

Mesmo com a proximidade com o PT, o economista já esteve na oposição. Presidente do Banco Fator de 2017 a 2021, Galípolo atuou na modelagem das vendas das duas estatais, ocorridas sob protesto de petistas.

Em dezembro de 2016, o Governo de São Paulo contratou a consultoria do Fator para privatização da Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo). No ano seguinte, o banco venceu a licitação do BNDES para concepção da venda da Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Rio). 

Sob o comando de Galípolo, o Banco Fator também atraiu capital estrangeiro para que assumisse a construção e exploração da linha 6 do metrô de São Paulo.

Durante a campanha presidencial, em um jantar da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), com economistas, Galípolo lamentou o que vê como dicotomia. Na ocasião, Galípolo afirmou que “privatização não pode ter um fim em si mesma”, mas estar alinhada a um propósito.

Meirelles elogia Haddad e pede secretários de “bom nível” no time

Ex-ministro, Henrique Meirelles reforçou o apoio a Fernando Haddad (PT) no comando da equipe econômica. O ex-presidenciável afirmou que Haddad é um “bom nome” para o cargo já ocupado por ele e que o mesmo deve avaliar os nomes da equipe econômica a serem escolhidos, pois serão decisivos para conquistar a confiança dos investidores.

“Como não é economista, é importante que, assim como já foi feito no primeiro mandato de Lula, ele escolha secretários de bom nível, com conhecimento e experiência nas áreas específicas, e siga as sugestões desses secretários para fazer uma boa administração”, avaliou Meirelles durante encontro anual da Indústria Química (Enaiq).

“Ele [Haddad] fez uma gestão responsável do ponto de vista fiscal na prefeitura de São Paulo”, completou Meirelles. 
Para Meirelles, esse arranjo já funcionou mais de uma vez, ao que chamou de “fórmula bem sucedida”, contanto que as escolhas sejam bem feitas e que “de fato” os secretários tenham autonomia.

A expectativa é de que Haddad anuncie no fim da tarde desta terça-feira (13) os primeiros nomes de sua equipe técnica.