O UBS BB elevou a recomendação para os papéis da Cielo (CIEL3) de neutro para compra. Ainda, o banco aumentou o preço-alvo em doze meses de R$ 4,50 para R$ 7. A mudança levou em conta o baixo desempenho dos ativos nos últimos meses, somado aos bons números apresentados pela companhia. Com isso, as ações da Cielo puxavam os destaques positivos do Ibovespa, com alta de 2,76%, por volta das 12h30 (de Brasília) desta segunda-feira (12).
Segundo os analistas Kaio Prato, Bruna Werneck e Leandro Leite, a recente queda dos ativos leva a um ponto atrativo de entrada no papel.
“Elevamos a Cielo para recomendação de compra dados os resultados operacionais sequencialmente melhores, suportados pela expansão do rendimento no segmento de cartão de cerca de 5 pontos-base na comparação anual, crescimento do TPV [volume total de pagamentos] de cerca de 12%, custos sob controle)e valuation atrativo”, disseram os analistas em relatório.
Ainda, o banco diz estar mais construtivo com a empresa, já que a Cielo conseguiu mostrar melhores tendências operacionais ao longo do ano, principalmente suportadas pelo controle de custos/despesas, melhor precificação, ponto de inflexão na tendência das ações e conclusão da agenda de desinvestimentos.
“Acreditamos em uma maior expansão de lucros e margens, que deve ser impulsionada principalmente pela expansão adicional do rendimento de cartões (suportado por mudanças regulatórias nas taxas de intercâmbio de cartões pré-pagos/débito, enquanto novas reavaliações podem ser uma vantagem); ganhos contínuos de eficiência; maior penetração de produtos de pré-pagamento (especialmente em pequenos e médios negócios); e taxas de juros potencialmente mais baixas (o UBS espera Selic em 11,25% ao fim de 2023, contra 13,75% atualmente)”, avaliaram.
Agora, os analistas esperam um lucro líquido de R$ 1,7 bilhão em 2022.
Resultados da Cielo no 3T22
A companhia registrou lucro líquido recorrente de R$ 422 milhões entre julho e setembro, um avanço de 99% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1 bilhão, crescimento de 45,2% em comparação com mesma etapa do ano passado.
A Cielo registrou uma receita operacional líquida de R$ 2,6 bilhões, queda de 12,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.