Café com BPM: EUA e Europa operam no negativo; Ásia fecha em alta

Bolsas asiáticas fecharam em alta após autoridades chinesas relaxarem as regras de teste da Covid em algumas cidades

Os mercados mundiais iniciam semana sem direção definida nesta segunda-feira (5). Enquanto que os índices futuros dos EUA e bolsas da Europa amanhecem negativos, as bolsas asiáticas fecharam no positivo, em sua maioria, após autoridades chinesas relaxarem as regras de teste da Covid em algumas cidades e sinalizarem que mais flexibilização pode acontecer. 

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a sexta-feira (02) em alta de 1,10%, aos 112.145 pontos. O dólar subiu 0,34%, aos R$ 5,21.

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, enquanto agentes do mercado aguardam mais dados econômicos antes da reunião de política monetária de dezembro do Fed. Um forte relatório de empregos (payroll) de novembro divulgado na última sexta-feira (2) inicialmente pesou sobre as ações, mas os investidores afastaram essas preocupações em antecipação a aumentos menores de juros do Fed, possivelmente começando com a reunião de 13 e 14 de dezembro.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,32%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,39%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,32%

Bolsas Asiáticas

Os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, repercutindo o afrouxamento das regras de teste de Covid em algumas cidades da China, sinalizando que mais flexibilização pode ocorrer no país, que está sob rígidas restrições relacionadas à Covid há mais de dois anos.

Shanghai SE (China), +1,76%
Nikkei (Japão), +0,15%
Hang Seng Index (Hong Kong), +4,51%
Kospi (Coreia do Sul), -0,62%

Bolsas Europeias

Os mercados europeus operam em baixa, em sua maioria, nesta segunda, enquanto investidores avaliam o abrandamento das restrições da Covid na China e os movimentos do petróleo. Países membros da OPEP concordaram em manter o curso da política de produção antes de uma proibição pendente da União Europeia ao petróleo russo. Ainda no radar dos investidores está as vendas do varejo da Zona do Euro de outubro. O consenso Refinitiv prevê recuo de 1,7% na comparação com setembro e de 2,6% na base anual.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,28%
DAX (Alemanha), -0,45%
CAC 40 (França), -0,34%
FTSE MIB (Itália), -0,11%
Euro Stoxx50, -0,12%

Notícias corporativas

O CEO da Airbus, Guillaume Faury, afirmou em conferência na última terça-feira, que os problemas de fornecimento irão persistir até o fim de 2023, em meio a uma crise que atinge toda a cadeia de fabricantes de peças. A informação foi divulgada primeiramente pela Agência Bloomberg.

Na conferência em Bruxelas, Faury afirmou que a disparada da inflação e das contas de energia, a escassez de matérias-primas, o aperto de mão de obra e as dificuldades enfrentadas por fabricantes de peças chinesas em meio aos contínuos bloqueios por coronavírus vão prolongar a crise.

Agenda

A agenda da semana tem como destaque a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, que começa na terça-feira (6). O encontro termina na quarta (7) e os economistas são praticamente unânimes sobre uma manutenção da taxa básica de juros no atual patamar. 

A inflação de novembro medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) será divulgada na sexta-feira (9). O consenso Refinitiv prevê alta de 0,55% na comparação mensal, desacelerando em relação ao desempenho de outubro, quando o IPCA avançou 0,59%, interrompendo uma sequência de três meses de inflação. 

Nos EUA, o destaque fica para o índice de preços ao produtor, na sexta-feira. O consenso Refinitv aponta para uma alta mensal de 0,2%.