Em live realizada na última quinta-feira (1º), o maior investidor da bolsa de valores brasileira, Luiz Barsi, afirmou que a Paranapanema (PMAM3), teve que decidir pela recuperação judicial “porque, provavelmente, era o que faltava para o barco não afundar”.
Barsi considera que “a recuperação judicial não é um bicho de sete cabeças, como muita gente pensa, com prenúncio de falência”.
O megainvestidor vê com “olhos positivos” a questão da Paranapanema ter recorrido à recuperação judicial “porque é uma forma dela preservar sua integridade operacional, ao mesmo tempo em que se constitui em uma oportunidade dela voltar a gerar resultados positivos”.
“Nós vamos fazer todo o empenho, no sentido de revigorar essa situação, e fazer com que a empresa retorne a uma situação natural, normal, em termos de operacionalização”, completa.
De acordo com Louise Barsi, filha de Luiz Barsi, eles recomendaram a recuperação judicial desde 2020. Segundo Louise, com a indicação “não foi ouvida”, eles aumentaram, em 2022, suas posições para 5%, “para ser relevante suficiente” para a entrada na gestão.
A recuperação judicial da Paranapanema
Na última quarta (30), a Paranapanema comunicou que ajuizou – juntamente com as controladas Centro de Distribuição de Produtos de Cobre (CDPC) e Paraibuna Agropecuária – pedido de recuperaçao judicial, em caráter de urgência.
Já na sexta (2), a empresa anunciou que a Justiça da 1ª Região Administrativa Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aceitou o pedido de tutela de urgência.
Através do plano de recuperação judicial, a ser apresentado à Assembleia Geral de Credores, a Paranapanema informou que “pretende restabelecer seu equilíbrio econômico financeiro e honrar os compromissos assumidos com seus diversos stakeholders e, em um futuro próximo, retomar seu crescimento, dentro das reais possibilidades operacionais e financeiras da Companhia”.