Política

Bolsonaro manda suspender dinheiro do orçamento secreto

Medida de Bolsonaro surge após aliados fecharem alianças com Lula

O presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou suspender o pagamento do orçamento secreto após seus aliados no Congresso Nacional fecharem alianças com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o jornal “Estadão”, a ordem no Palácio do Planalto é não pagar mais nada em 2022.  

A medida deixará o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sem capacidade de honrar os acordos feitos para bancar sua reeleição na Câmara dos Deputados. A ação de Bolsonaro ocorreu um dia após o PT anunciar apoio à candidatura de Lira. 

Dos R$ 16,5 bilhões reservados para o orçamento secreto neste ano, R$ 7,8 bilhões não foram liberados e estão bloqueados pelo Governo Federal. Bolsonaro alega que a suspensão do pagamento do orçamento secreto surge por conta da falta de recursos para outras áreas. 

Segundo o jornal “Estadão”, Bolsonaro assinou duas medidas nesta quarta-feira (30) para efetivar a decisão. Primeiro, enviou uma proposta ao Congresso para secar a fonte do orçamento secreto ao remanejar verbas para outras áreas. Depois, editou um decreto autorizando a equipe do governo a fazer os cancelamentos em uma área e acrescentar em outra.

Bolsonaro afirma que não irá falar para apoiadores

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na última terça-feira (30), no Palácio do Planalto. Em entrevista à “CNN”, Neto afirmou que pediu ao presidente que falasse para seu eleitorado, no entanto, Bolsonaro teria dito que não falaria com apoiadores. 

Desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no fim de outubro, Bolsonaro apareceu em público pouquíssimas vezes.

“O Bolsonaro precisa falar com o povo dele. Todo pessoal que votou nele quer manifestação, ele precisa falar para manter todos unidos”, enfatizou Neto à “CNN”.

PL estuda lançar Rogério Marinho à presidência do Senado

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, estuda lançar Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado em 2023. De acordo com o jornal “Valor Econômico”, o assunto deve ser discutido nesta terça-feira (29), em jantar marcado por Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, com as bancadas no Congresso.

Marinho foi o ministro de Desenvolvimento Regional da gestão Bolsonaro e foi eleito recentemente senador pelo Rio Grande do Norte. Segundo o jornal “Valor”, o parlamentar se reuniu nesta terça-feira com o líder do governo na Casa, Carlos Portinho (PL-RJ), que também era cotado para disputar o cargo.

Inicialmente, o PL cogitava lançar Portinho ou o senador Eduardo Gomes (PL-TO) para a presidência do Senado, mas Valdemar foi convencido por Bolsonaro a insistir no nome de Marinho.