Os analistas do BTG Pactual (BPAC11) disseram, em relatório, que não acreditam que o movimento envolvendo a V.tal, investida da Oi (OIBR3;OIBR4), tenha um impacto significativo na base de assinantes da tele. Com isso, a recomendação do BTG segue neutra, com preço-alvo de R$ 0,30.
Na última semana, a V.tal, empresa de fibra ótica, recebeu uma injeção de capital de R$ 2,5 bilhões da CPP Investments (maior fundo de pensão do Canadá).
Segundo o BTG, a TIM (TIMS3), que agora passou a usar a rede V.tal, tem a oportunidade de ganhar participação de mercado no segmento de telecomunicações de mais rápido crescimento, sem ter que fazer investimentos significativos.
Para o BTG, em um momento de alto custo de capital e incerteza quanto ao cenário fiscal do País, a estratégia de minimizar o capex e alugar rede de um provedor neutro deve ser vista com bons olhos pelo mercado.
Além disso, o BTG destacou que a participação da Oi na V.tal é extremamente importante para a empresa, pois pode ser utilizada para renegociar suas dívidas.
“A Oi pode vender sua participação em um potencial IPO ou usá-la como garantia para estender suas dívidas. Embora a diluição tenha ocorrido em um valuation superior ao pago pelo BTG, o número ainda é inferior ao que estimamos em nosso modelo, fazendo com que o valor da participação da Oi diminuísse em relação às nossas estimativas anteriores”, disseram os analistas.
Participação da Oi na V.tal
Como resultado do aumento de capital da V.tal, a participação da Oi em seu capital votante e total foi diluída para 34,12%. Antes, a participação era de 38,5%.
“Nosso preço-alvo para a Oi considera que o valor de sua participação na V.tal compense o valor negativo da ClientCo (a nova Oi)”, disse o BTG.
Por volta das 12h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (29), as ações da Oi (OIBR3) tinha queda de 4,76%, a R$ 0,20.