O JPMorgan elevou a recomendação da B3 (B3SA3) de neutro para compra, subindo o preço-alvo de R$ 15 para R$ 16. O valor representa potencial de valorização de 32,5% frente a cotação de fechamento da última segunda-feira (28), de R$ 12,08.
Embora exposta à taxa Selic através da alocação de ações dos investidores e afetada pela fuga de recursos da renda variável para a renda fixa, os analistas do banco enxergam a B3 como “uma peça mais agnóstica do setor”.
A revisão ocorreu, também, após conversas do banco com Gilson Finkelsztain, presidente da B3, que aposta em uma alta de 150% no volume de negócios da bolsa brasileira. Os analistas do banco, no entanto, acreditam que esse número seja de 140% em 2023 e 2024.
Além da B3: JPMorgan rebaixou PagSeguro (PAGS34)
Também em relatório, os analistas do banco rebaixaram as ações do PagSeguro (PAGS34) para neutro, com preço-alvo reduzido de US$ 16 para US$ 12. O novo valor implica em um potencial de alta de 19,04% em relação ao preço de fechamento da segunda, de US$ 10,05.
“Com a curva da taxa Selic oscilando tanto, é mais difícil ter uma visão mais construtiva sobre empresas de pagamento e outros players alavancados”, comentou o JPMorgan.
Além disso, analistas apontaram que a deterioração persistente da qualidade dos ativos começou a pesar no apetite de risco dos bancos e deve desacelerar o crescimento do segmento de cartão de crédito.
Ainda, o JPMorgan disse esperar uma grande desaceleração do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) para o setor como um todo.
Por volta das 12h50 (horário de Brasília) desta terça-feira (29), as ações da PagSeguro (PAGS34) tinham queda de 2,48%, a R$ 10,63. Já os papéis da B3 (B3SA3) subiam 4,14%, a R$ 12,58.