A Petrobras (PETR3;PETR4) esclareceu na noite deste domingo (27), em comunicado ao mercado, que o pagamento de dividendos extraordinários está previsto na Política de Remuneração ao Acionista, aprovada pelo conselho de administração em 2019 e aprimorada em 2020 e 2021.
O posicionamento da estatal é uma resposta às recentes notícias veiculadas na mídia em torno do pagamento de dividendos. A Petrobras assegurou ainda que “não contrai dívida para pagar dividendos” e que “sua dívida está em trajetória decrescente”, com redução de US$ 5,3 bilhões em relação ao terceiro trimestre de 2021.
Ao final de setembro deste ano, a dívida bruta da companhia era de US$ 54,3 bilhões, incluindo os compromissos relacionados a arrendamentos mercantis, inferior ao nível de endividamento bruto ótimo de US$ 60 bilhões e ao limite estabelecido na Política de US$ 65 bilhões.
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A companhia ratifica que a dívida bruta, o nível de caixa e os dividendos estão alinhados ao que estava previsto no Plano Estratégico da Petrobras de 2022-2026. Por fim, a Petrobras reitera o seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.
Federação pede suspensão de anúncio do Plano da Petrobras
A FUP (Federação Única dos Petroleiros) enviou um ofício ao presidente da Petrobras e conselheiros da estatal, no início de novembro, solicitando a suspensão do anúncio do Plano Estratégico. De acordo com Deyvid Bacelar, integrante do Grupo de Trabalho de Minas e Energia do governo de transição, também será feito pela equipe de transição o pedido de cancelamento da distribuição de R$ 43,7 bilhões em dividendos a acionistas, referentes ao terceiro trimestre deste ano.