A semana que marca o final de novembro e o início de dezembro estará marcada por uma série de indicadores de peso, tanto no Brasil quanto nos EUA. No cenário doméstico, destaque para a divulgação, na quinta-feira (1º), do PIB brasileiro do terceiro trimestre deste ano.
O Itaú projeta um crescimento de 0,5% do PIB brasileiro na comparação com o segundo trimestre e de 3,6% em bases anos. Caso isso se confirme, a economia continuou crescendo, mas de forma desacelerada.
Na sexta-feira (2), sai o indicador de atividade industrial referente ao mês de outubro e o Itaú prevê avanço de 0,5% em relação a setembro – na comparação anual, projeta crescimento de 2%. A semana também vai ser marcada por dados de emprego. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) é esperado para quinta-feira e a PNAD Contínua para quarta (30).
Ainda por aqui, os agentes de mercado continuam monitorando os movimentos do governo de transição. As incertezas com relação à política fiscal e equipe econômica de Lula seguem impedindo a Bolsa brasileira de ganhar tração e vem alimentado sentimentos de aversão ao risco.
Destaque nos EUA fica por conta do Payroll
O ponto alto da agenda de indicadores dos EUA acontece na sexta-feira (2), quando será divulgado o payroll, compilado de dados oficiais do mercado de trabalho americano. O consenso Refinitv aponta para a criação de 200 mil empregos em novembro, uma desaceleração em relação à outubro, segundo o “Infomoney”.
A média de projeções do mercado também aponta para uma taxa de desemprego estável, em 3,7%. O Banco Central americano vai acompanhar o dado com atenção, já que o mercado de trabalho tem sido um dos principais geradores de inflação no país, segundo o Fed.
Na quarta-feira (30), sai a pesquisa ADP, com a criação de vagas no setor privado. A média das projeções do mercado aponta para a abertura de 200 mil postos de trabalho em novembro. No mesmo dia, ocorre o sempre aguardado discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que poderá trazer novas pistas sobre a política de aperto monetário do país.
A próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), a última do ano, será realizada em 14 de dezembro. O monitor de juros, do CME Group, mostra que 75% dos agentes de mercado esperam por uma desaceleração no ritmo de aperto, prevendo uma alta de 50 pontos base (após quatro altas consecutivas de 75 pontos).
Ainda na agenda americana de indicadores, tem o Livro Bege, na quarta-feira. O índice de preços para despesas e consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), considerado o favorito do Fed para mensurar a inflação, será divulgado na quinta.
Na Europa, o índice de preços ao consumidor anual que, de acordo com o consenso Refinitiv, deve acumular alta de 10,4% em novembro, desacelerando dos 10,6% em outubro, será divulgado na quarta.
Na China, que segue monitorando os casos de Covid-19, a agenda tem como destaque os índices de gerente de compras (PMIs) na terça e na quarta-feira.