A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou nesta quinta-feira (24) a proposta do governo paranaense de privatizar a Copel (CPLE6), tornando-a uma companhia de capital disperso e sem acionista controlador. O estado do Paraná havia revelado seus planos de se desfazer do controle da elétrica na segunda-feira (21).
Na ocasião, o comunicado apontava que o modelo de governança em estudo prevê que, uma vez implementada a operação, o Estado do Paraná permaneça com participação relevante não inferior a 15% do capital social total da Copel e 10% do capital votante. Atualmente, o Estado do Paraná detém 69,7% das ações ordinárias e 31,1% do capital total.
O projeto de lei 493/2022, que iniciou seu processo de votação na quarta-feira (23), foi aprovado em segunda votação sobre o tema nesta quinta-feira por 35 votos favoráveis, contra 13 contrários.
Logo após foi realizada uma terceira votação, sobre a redação final do texto. Foram contabilizados 38 votos favoráveis e 13 contrários.
A proposta segue agora à sanção do governador Ratinho Junior (PSD). Então, a modelagem do negócio será submetida ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná.
Copel pagará R$ 970 milhões em JCP
Também na segunda-feira (21), a Copel anunciou que pagará R$ 970 milhões em JCP (juros sobre o capital próprio). O pagamento será efetuado em duas parcelas, sendo a primeira em 30 de novembro de 2022 e a segunda até 30 de junho de 2023.
Na primeira parcela, serão distribuídos R$ 600 milhões, no valor de R$ 0,20 por ação ordinária (ON), R$ 0,22 por cada papel preferencial e R$ 1,11 por unit. Já o pagamento da segunda parcela será feito no valor de R$ 370 milhões, dos quais R$ 0,12 será pago por ON, R$ 0,14 por ação preferencial e R$ 0,68 por unit.
Por volta das 14h40 (horário de Brasília) desta quinta-feira (24), as ações da Copel (CPLE6) valorizavam 2,35%, cotadas a R$ 8,24.