A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emprega formalmente 14 pessoas. Dentre elas está o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que possui o maior salário entre os componentes do gabinete, de R$ 17.327,65.
No total, a folha salarial da transição custa R$ 175 mil brutos por mês, com funcionários distribuídos em níveis de 4 a 7. Além de Alckmin, Floriano Pesaro, Paulo Bernardo, João Luiz Silva Ferreira, Márcio Fernando Elias Rosa, José Pimentel, Cassius Antônio Rosa, Maria Helena Guarezz, Wagner Caetano Alves de Oliveira, Daniella Fernandes Cambauva, Fábio Rafael Valente Cabral e Vinicius Carnier Colombini recebem remuneração.
No total, o governo eleito tem direito a 50 nomeações. “Nós não vamos passar de 50 nomeados. Aliás, nomeamos até agora quatorze. Das 50, só utilizamos 14. Nós temos muito voluntários, o que é muito bom porque você tem maior participação. Nós vamos seguir rigorosamente a legislação”, afirmou Alckmin, que coordena a equipe de transição, durante pronunciamento à imprensa no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília.
“Ninguém está passando fome no mercado”, diz Gleisi
Ainda nesta quinta-feira (17), a presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, criticou a reação do mercado à PEC da Transição, que foi apresentada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira (16).
“Esse pessoal não vai mudar o que fizemos na campanha. Não vamos fazer estelionato eleitoral. Para de mimimi”, afirmou Hoffmann ao portal “G1”. “Esse mercado é uma vergonha, ninguém está passando fome no mercado”, completou.
A PEC da Transição propõe que o Auxílio Brasil e outros gastos sociais fiquem permanentemente de fora do teto de gastos, mecanismo implementado no governo de Michel Temer (MDB) para limitar o aumento das despesas do governo federal.
“Óbvio que [o Bolsa Família] é extratexto, vamos parar com essa palhaçada. Se quer fazer sua agenda, bota nome na praça e vai buscar voto. Eles [o mercado financeiro] estão especulando. Quer dizer que aumentar despesa com juros não tem problema, mas pelo lado do Bolsa Família tem problema? Eles que vão buscar voto, por que não se manifestaram durante a campanha? Não estamos na década de 90 que mercado é todo poderoso. Vergonhoso”, afirmou Gleisi Hoffmann.