Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito do Brasil, discursou nesta quarta-feira (16) na Cúpula do Clima (COP27), em Sharm El-Sheihk, no Egito. “O Brasil está de volta para reatar laços com o mundo e combater a fome. Voltamos para ajudar a construir uma ordem mundial pacífica, propor uma nova governança global”, disse.
Para Lula, não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida. O futuro presidente brasileiro afirmou que o agronegócio do Brasil será um aliado estratégico do governo em busca de uma agricultura regenerativa e sustentável. “Não precisamos desmatar um metro de terra para continuarmos sendo um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou em discurso.
Lula também disse que o combate à mudança climática terá o “mais alto perfil na estrutura” de seu governo e criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) no assunto, afirmando que crimes ambientais cresceram no atual governo. “Vamos punir com todo rigor o responsável por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, extração de madeira”, afirmou.
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Ainda, Lula destacou em seu discurso o protagonismo dos indígenas na defesa do bioma e salientou o compromisso de criar um novo ministério, o dos Povos Originários. Segundo ele, a sobrevivência da Amazônia e do planeta dependia do resultado das eleições no Brasil. “É possível gerar mais riqueza sem piorar a mudança climática”, disse.
Por fim, Lula propôs que uma conferência do clima da ONU seja realizada em uma cidade amazônica e sugeriu a realização de uma cúpula do Tratado de Cooperação Amazônica. Em outro espaço da COP, Lula afirmou que pretende tirar o Brasil do isolamento.
Fora do Brasil, Lula também destacou em seu discurso, que durou aproximadamente 30 minutos, efeitos dos eventos climáticos extremos na Europa, na África, na Ásia e nos Estados, além de falar sobre a seca histórica que o Brasil enfrentou em 2020 e no ano passado.
