Azul (AZUL4): Itaú vê balanço sólido no 3T22, mas ações caem 15%

Deterioração cambial é o motivo por trás da queda nos papéis da Azul, segundo o banco

O Itaú BBA avaliou os resultados da Azul (AZUL4) como sólidos e dentro do esperado por Wall Street, reforçando uma tendência positiva em termos de dados de tráfego e rendimentos para a empresa. Ainda assim, a deterioração cambial, segundo o banco, deve pesar no desempenho das ações da companhia, que caíam 15,26% por volta das 15h50 (de Brasília) desta quarta-feira (10).

A Azul registrou um prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no período.  O resultado, ainda, representou um recuo de 26% no prejuízo da companhia em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a Azul registrou um resultado negativo de R$ 2,2 bilhões.

Na avaliação do Itaú BBA, o aumento da alavancagem operacional e a melhor eficiência levaram à melhoria da margem Ebitda da empresa, resultando em uma menor alavancagem na comparação trimestral. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ficou em R$ 925 milhões no terceiro trimestre deste ano.

Por outro lado, analistas destacaram a queima de caixa de R$ 930 milhões no trimestre, “explicada principalmente pelo arrendamento e despesas financeiras compensando o fluxo de caixa operacional positivo”, disseram em relatório.

Azul (AZUL4): prejuízo no 3T22 é 350% maior que o esperado

A Azul registrou um prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre de 2022, segundo divulgou a companhia nesta quinta-feira (10). O prejuízo foi 3,5 vezes maior do que era esperado pelo mercado, que calculava um prejuízo de R$ 458 milhões no período, conforme consenso da “Bloomberg”.

O resultado ainda representou um recuo de 26% no prejuízo da companhia em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a Azul registrou um resultado negativo de R$ 2,2 bilhões. A receita líquida da companhia, por outro lado, atingiu um recorde histórico, de R$ 4,3 bilhões no período, alta de 61% na comparação anual.

Comparando aos níveis pré-pandêmicos, houve uma alta de 44% na receita da companhia ante o mesmo período em 2019. Já as tarifas corporativas da Azul chegaram a 150% dos níveis pré-pandêmicos, enquanto o tráfego se recuperou 80%.