A Oi (OIBR3) registrou prejuízo líquido de R$ 3 bilhões no terceiro trimestre deste ano, redução de 36,3% ante prejuízo de R$ 4,8 bilhões registrados no mesmo período de 2021. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina soma R$ 168 milhões, queda de 88,5% sobre o terceiro trimestre de 2021. Na época atingindo R$ 1,4 bilhão.
A margem Ebitda de rotina da Oi ficou em 6,1% no trimestre, ante 32,3% de um ano antes, recuo de 26,2 p.p na comparação anual. Já a receita líquida consolidada totalizou R$ 2,7 bilhões, permanecendo em linha com o segundo trimestre e apresentando redução de 38,7% em relação ao intervalo entre junho e setembro de 2021.
Entretanto, a companhia destacou que o trimestre marcou o começo do novo modelo operacional, com crescimento nas receitas do novo core, com foco em fibra e na Oi Soluções (segmento de B2B). Considerando apenas essas operações continuadas o avanço foi de 10% no trimestre, totalizando R$ 2,4 bilhões.
Em fibra, a receita foi de R$ 1 bilhão entre julho e setembro, alta anual de 30,8%; já a Oi Soluções subiu 14,3% sua receita, a R$ 745 milhões. A receita líquida do legado, ou telefonia e banda larga em cobre (xDSL), teve queda de 40,7% no trimestre na base anual, a R$ 454 milhões.
A dívida líquida da companhia fechou o terceiro trimestre em R$ 18,3 bilhões, um recuo de 38,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a companhia registrou o indicador em R$ 29,8 bilhões.
A Oi terminou o trimestre com 7,5 milhões de unidades geradora de receita (UGR), um avanço de 19,9% no comparativo anual, sendo 3,780 milhões são de banda larga (aumento de 21,3%), 3,6 milhões de voz fixa (avanço de 20,1%) e 68 mil (queda de 28,8%) de IPTV.
A companhia teve 3,824 milhões de casas conectadas com fibra (FTTH), 20,8% acima na base anual, ainda que o ritmo de 146 mil adições líquidas sendo 55,2% menor do que no ano anterior. O número foi impactado por ajustes na gestão de aquisição, por sua vez derivado de condições macroeconômicas e churn “involuntário” e inadimplência, mesmo com melhora em maio.
Oi (OIBR3): Tim (TIMS3) desligará clientes que não geram receita
A Tim (TIMS3) vai começar a desligar os clientes inativos que recebeu da Oi Móvel a partir deste mês. A previsão é que esse trabalho seja concluído no começo do próximo ano, segundo o presidente da TIM, Alberto Griselli.
“Vamos cancelar os clientes inativos. O racional é simples: nossa política de cancelamento de clientes é diferente da Oi. Para nós, não faz o menor sentido manter na base quem não usa a linha, não faz recarga, nem gera valor”, frisou Griselli, segundo a “Suno”.
O movimento é semelhante ao que já foi feito pela Vivo, que anunciou semana passada o desligamento de 3 milhões de usuários, o equivalente a 25% do total de 12 milhões de clientes recebidos da Oi Móvel.
O número de desconexões que serão feitas pela TIM ainda não foi revelado, mas segundo o executivo será significativo. A operadora recebeu um total de 17 milhões de acessos vindos da Oi.