As ações do Bradesco (BBDC4) estão derretendo nesta quarta-feira (03). Por volta das 14:35 (de Brasília), os papéis do banco registravam queda de 13,46%, cotados a R$ 16,08. A queda é fruto do balanço do terceiro trimestre divulgado pela instituição financeira na última terça-feira (09).
O Bradesco reportou lucro recorrente de R$ 5,223 bilhões entre julho e setembro, queda de 22,8% na comparação com o mesmo período de 2021.
Bradesco (BBDC4) registra queda de 22,8% no lucro do 3T22
O Bradesco (BBDC4) anunciou seu balanço do terceiro trimestre na noite de terça-feira (08). A empresa registrou lucro recorrente de R$ 5,223 bilhões entre julho e setembro, queda de 22,8% na comparação com o mesmo período de 2021.
O lucro líquido contábil foi de R$ 5,211 bilhões no terceiro trimestre, recuo de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a margem financeira total atingiu R$ 16,283 bilhões no trimestre, avanço de 3,7% na comparação anual.
A margem com clientes cresceu 23,4% entre julho e setembro. Segundo o Bradesco, o índice foi impulsionado pelo maior volume de operações, mudança do mix de produtos e melhora da margem de passivos.
As receitas de prestação de serviços do Bradesco somaram R$ 8,856 bilhões entre julho e setembro de 2022, alta de 1,1% na base anual.
Bradesco (BBDC4): após JP, Itaú corta recomendação
Em outubro, o Itaú BBA seguiu os passos do JPMorgan e cortou a recomendação das ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) de outperform (equivalente à “compra”) para market performa (equivalente à “neutra”). Já o preço-alvo passou de R$ 23 para R$ 21 ao final de 2023.
Segundo analistas do Itaú BBA, a reclassificação foi em função da deterioração da qualidade do crédito e da margem financeira líquida (NII, na sigla em inglês).
Ainda, olhando para o próximo trimestre, o BBA projetou outro conjunto de resultados fracos. Não apenas os índices de inadimplência do varejo estão em alta, mas a contaminação da carteira de pequenas e médias empresas (PMEs) também afetam o terceiro trimestre de 2022.