A Tim (TIMS3) vai começar a desligar os clientes inativos que recebeu da Oi Móvel (OIBR3) a partir deste mês. A previsão é que esse trabalho seja concluído no começo do próximo ano, segundo o presidente da TIM, Alberto Griselli.
“Vamos cancelar os clientes inativos. O racional é simples: nossa política de cancelamento de clientes é diferente da Oi. Para nós, não faz o menor sentido manter na base quem não usa a linha, não faz recarga, nem gera valor”, frisou Griselli, segundo a “Suno”.
O movimento é semelhante ao que já foi feito pela Vivo, que anunciou semana passada o desligamento de 3 milhões de usuários, o equivalente a 25% do total de 12 milhões de clientes recebidos da Oi Móvel.
O número de desconexões que serão feitas pela TIM ainda não foi revelado, mas segundo o executivo será significativo. A operadora recebeu um total de 17 milhões de acessos vindos da rival.
Caso a “limpeza” seja feita nos mesmos moldes da Vivo, a baixa será de 4,2 milhões de linhas. “A Vivo já fez, e nós também vamos fazer. Esse cliente não gera receita, nem cobre os custos de manutenção na base”, emendou Griselli.
Os cortes vão seguir critérios estabelecidos pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para desligamentos de usuários que não fazem ou recebem chamadas, não fazem recargas, não pagam fatura, entre outras variáveis, segundo o diretor institucional e regulatório, Mario Girasole.
Em relação a esses cortes, os executivos salientaram que não há mudanças no cálculo de sinergias previstas com a incorporação de ativos da Oi.
Embora haja menos receitas do que o esperado, também haverá queda de custos operacionais na mesma proporção. Já os ganhos de eficiência pela integração de redes e frequências permanece idêntico.
Oi (OIBR3): TIM deposita valor de compra de ativos
Na segunda quinzena de outubro, a TIM depositou os R$ 669,5 milhões relativos à compra de ativos móveis da Oi. O acordo foi realizado em conjunto com Claro e Telefônica Brasil (VIVT3). As informações são do “Valor Econômico”.
As operadoras telefônicas devem depositar R$ 1,52 bilhão para cumprir a decisão proferida no início de outubro pelo juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
De acordo com o “Valor”, a Telefônica Brasil ainda deve depositar R$ 515,5 milhões, enquanto a Claro tem que pagar R$ 342,7 milhões pelos ativos móveis da Oi. Somados, esses montantes compõem uma parcela que havia sido barrada pelas empresas para compensar possíveis ajustes no valor final da transação.
Em dezembro de 2020, TIM, Claro e Telefônica adquiriram a Oi Móvel por R$ 16,5 bilhões. Atualmente, as companhias contestam o preço acordado, alegando que a Oi descumpriu metas estipuladas em contrato.