A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou na noite desta terça-feira (01) que reduziu de 230 para 211 as interdições parciais ou bloqueios totais nas estradas federais do País. Segundo o último boletim do órgão, publicado por volta das 18h30 (de Brasília), o estado com mais pontos fechados continua sendo Santa Catarina, com 39 manifestações ativas, seguido pelo Paraná e pelo Mato Grosso, com 23 bloqueios cada.
Segundo a PRF, 392 protestos foram desfeitos até o momento, e foram aplicadas 438 autuações referentes à obstrução das vias federais.
Caminhoneiros bloqueiam estradas após eleições
Desde a noite de domingo (30), dia das eleições presidenciais, caminhoneiros têm bloqueado as estradas. A Polícia Rodoviária Federal apontou que onze estados e o Distrito Federal têm bloqueio nas estradas por caminhoneiros. A polícia, contudo, não detalhou quantas paralisações acontecem ou aconteceram em cada estado.
Protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no domingo para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, foram mapeados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Pará e no Distrito Federal.
O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, deputado Nereu Crispim (PSD-RS), disse em nota que a categoria não deve paralisar oficialmente.
Segundo o parlamentar, o caminhoneiro “não participa e nem participará de nenhum movimento de paralisação ou bloqueio de rodovias para protestar e questionar o resultado das eleições que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil”.
PRF: coligação de Lula pede prisão imediata de diretor-geral
A coligação “Brasil da Esperança”, integrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a prisão imediata do diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, por supostamente coordenar operações para dificultar o acesso de eleitores aos seus locais de votação no domingo (30), durante o segundo turno das eleições.
De acordo com a ação da coligação de Lula, formada também por PT, PC do B e Partido Verde, as operações estariam impactando a realização do pleito. “O próprio diretor-geral da PRF, de forma ostensiva, está apoiando a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, e nessa condição está usando o poder do Estado para interferir no processo eleitoral”, diz o documento.