Desde a noite de domingo (30), dia das eleições presidenciais, caminhoneiros têm bloqueado as estradas. A Polícia Rodoviária Federal apontou que onze estados e o Distrito Federal têm bloqueio nas estradas por caminhoneiros. A polícia, contudo, não detalhou quantas paralisações acontecem ou aconteceram em cada estado.
Protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no domingo para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, foram mapeados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Pará e no Distrito Federal.
O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, deputado Nereu Crispim (PSD-RS), disse em nota que a categoria não deve paralisar oficialmente.
Segundo o parlamentar, o caminhoneiro “não participa e nem participará de nenhum movimento de paralisação ou bloqueio de rodovias para protestar e questionar o resultado das eleições que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil”.
Segundo a rádio “CBN”, a pior situação é em Santa Catarina, tanto em direção a Porto Alegre, como no sentido Curitiba, o motorista enfrenta interdições. A administradora das rodovias tem feito atualizações sobre os bloqueios nas redes sociais e em seu Twitter, apontou mais de 14km de fila em algumas regiões “devido à manifestação popular”. Ainda, há bloqueios em Joinville, no km 24, em Palhoça, no km 216 e em Itajaí, no km 116. No sentido Porto Alegre, caminhoneiros também bloqueiam o km 5, em Garuva.
Também segundo a rádio, caminhoneiros bloqueiam a Rodovia Presidente Dutra, via que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, na altura de Barra Mansa, no km 281, em ambos os sentidos. Em Goiás, são três pontos de paralisações: em dois trechos na BR-060, km 101, em Anápolis e na BR-153, km 703, em Itumbiara, e na BR-040, na cidade de Cristalina, no entorno do Distrito Federal.