O Itaú (ITUB4) está começando a levantar um novo fundo de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões para investir na Falconi Capital, a gestora de private equity que nasceu dentro da consultoria de gestão fundada por Vicente Falconi. As informações são do site “Brazil Journal”.
O investimento milionário do Itaú faz parte do programa Rising Stars, da Itaú Asset e do fundo de fundos (FoF) do banco, que seleciona novas gestoras e as ajuda com capital, distribuição e na parte operacional do negócio.
O Itaú já levantou R$ 770 milhões com o Rising Stars I, que investiu em quatro gestoras de ativos líquidos.
Agora, o banco vai levantar um novo fundo, o Rising Stars Opportunity, que vai investir apenas na Falconi Capital.
A estrutura é igual à do primeiro. Cotistas vão ganhar com a variação da cota do fundo da Falconi, mas também receberão uma parcela da receita da gestora. Ainda, ao final do prazo de 10 anos do fundo, o cotista terá a opção de converter suas cotas em equity na gestora.
Segundo Carlos Augusto Salamonde, CEO da Itaú Asset, o grande diferencial da Falconi Capital em relação a outras gestoras de private equity são suas décadas de experiência em consultoria de gestão, que poderá ser aplicada nas investidas.
“É uma casa com um know-how gigantesco em gestão e que acabou de montar a gestora. Então podemos ajudar muito eles a crescer e desenvolver a parte do negócio,” disse Salamonde ao “Brazil Journal”.
A Falconi Capital foi fundada em 2019, mas vinha operando, até agora, vinha operando apenas com o capital proprietário dos sócios da consultoria.
Nesse modelo, a Falconi investiu em empresas como a GC Security e a Trust Cybersecurity.
No início deste ano, a Falconi se credenciou como gestora na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e começou a levantar seu primeiro fundo com capital de terceiros. O dinheiro do Itaú vai ser alocado neste fundo.
Segundo Álvaro Guzella, CEO da Falconi Capital, a tese da gestora é investir em empresas de middle market que faturam de R$ 50 milhões a R$ 500 milhões e operam em segmentos com “um mercado endereçável relevante e oportunidades claras de crescimento”.
“Não estamos buscando empresas em dificuldade para fazer turnaround. Pelo contrário, estamos olhando companhias que já são rentáveis e que crescem bastante,” disse Guzella ao “Brazil Journal”. “Mas ao colocar o ‘estado da arte’ em gestão à disposição dessas empresas, além de mais capital, conseguimos potencializar muito o negócio”, informou.
O investimento na Falconi é o primeiro do Rising Stars numa gestora de ativos ilíquidos. O CEO do Itaú Asset disse ao jornal que essa era uma demanda dos clientes do banco e que, no futuro, o Itaú pode levantar um Rising Stars II focado apenas em ilíquidos.
Por volta das 16h20 (horário de Brasília) desta quinta-feira (27), os papéis do Itaú (ITUB4) subiam 1,91%, a R$ 29,35.