Petrobras (PETR4) deve pagar R$ 32 bi em dividendos, diz Citi

Para os analistas do Citi, a Petrobras tem potencial para distribuir proventos no valor de US$ 8 bilhões

A Petrobras (PETR3;PETR4) deverá pagar R$ 32 bilhões (U$ 5,9 milhões) em dividendos referentes ao terceiro trimestre, de acordo com o Citi. Para os analistas do banco, a petroleira ainda tem potencial para distribuir proventos no valor de US$ 6 bilhões a US$ 8 bilhões. 

O Citi tem recomendação de compra para estatal, com preço-alvo em US$ 19 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse). 

Para o terceiro trimestre, os analistas Andrés Cardona, Joaquim Alves Atie e Gabriel Barra esperam que a Petrobras alcance um lucro líquido de US$ 7,79 bilhões. O banco Citi ainda estima que o Ebitda (Lucro, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia fique em US$ 17,4 bilhões entre os meses de julho e setembro. 

Por volta de 14:10 (de Brasília), as ações da Petrobras caíam. O papel PETR3 desvalorizava 0,98%, cotado a R$ 36,53, enquanto a ação PETR4 registrava queda de 1,43%, cotada a R$ 33,05. 

Petrobras (PETR4) volta a contratar companhias alvo da Lava-Jato

Empresas que prestavam serviços à Petrobras (PETR3;PETR4) e que foram impedidas, desde 2014, de fechar novos contratos com a estatal por envolvimento em casos de corrupção investigados pela Lava-Jato estão voltando a se relacionar de forma comercial com a petroleira. No entanto, nem todas conseguiram fechar contratos de bens e serviços até o momento, segundo informações do jornal “Valor Econômico”.

A SBM, com sede na Holanda, tem contrato com a Petrobras para entregar até 2023 uma plataforma para o campo de Mero, na Bacia de Santos. Na Lava-Jato, a empresa foi acusada de malfeitos pelo Ministério Público Federal (MPF) e teve que fazer acordo de leniência, que funciona como uma delação premiada para pessoas jurídicas que admitem irregularidades com o governo e com o poder público.

A brasileira Camargo Corrêa também foi readmitida, em 2020, aos fornecedores aptos a negociar com a Petrobras, mas ainda não assinou novos contratos. 

Desde 2015, a Petrobras atribui um grau de risco (GRI) às empresas com as quais tem relação comercial. As companhias de GRI baixo e médio estão aptas a participar das concorrências para fechar contratos com a petroleira.