A Natura&Co (NTCO3) informou, nesta segunda-feira (17), que seu conselho de administração autorizou o início de um estudo para avaliar a realização de uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) e uma cisão da Aesop, marca de luxo e bem-estar da companhia.
Em fato relevante divulgado pela empresa, a Natura afirma que a cisão poderia ser seguida de uma potencial oferta pública. O estudo visa avaliar alternativas que possam agregar mais valor para a marca de luxo.
“Tais estruturas que, conforme mencionado no Comunicado ao Mercado de 15 de setembro de 2022, não haviam sido discutidas ou avaliadas pelo conselho de administração até hoje, incluem um spin-off da Aesop”, disse a varejista.
Natura avalia IPO
O IPO vem sendo avaliado como uma alternativa para financiar o crescimento da Aesop. O objetivo da companhia é “proporcionar maior autonomia e responsabilidade às suas marcas e unidades de negócios”.
Ainda de acordo com à companhia, esses processos só serão realizados “na medida em que for do melhor interesse da Natura&Co, e após a conclusão de uma reorganização societária que pode exigir aprovações de acionistas, credores e reguladores”.
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Qualquer operação que envolva a migração de parte do investimento detido pelos acionistas da varejista para uma holding de fora do País estaria sujeita à anuência da maioria das ações em circulação da companhia presentes na assembleia geral de acionistas para aprovar a reorganização societária, conforme exigido pelo regulamento do Novo Mercado.
De acordo com a Natura, em ambos os processos, os negócios da Aesop continuariam sendo liderados pelo CEO, Michael O’Keeffe, e por meio de uma holding a ser listada nos EUA, que deteria as subsidiárias da marca de luxo.
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O BTG Pactual (BPAC11) rebaixou a recomendação de Natura&Co de “compra” para “neutro”. Além disso, o banco cortou o preço-alvo das ações para R$ 18 no fim de 2022.
Segundo os analistas do BTG, a Natura tem apresentado balanços abaixo do esperado na maioria de suas unidades de negócios. Em relatório, eles ainda afirmam que a companhia enfrenta dificuldades para reativar as vendas da Avon e da The Body Shop.
