Após dois anos de negociações, a Amazon (AMZO34) desistiu de mudar sua operação no Brasil para o Edifício Faria Lima Plaza, que tem 40% pertencente a XP (XPBR31), administrado por meio do fundo imobiliário XP Properties (XPPR11). As informações são da “Bloomberg Línea”.
Os demais 60% do edifício que a Amazon queria se mudar pertencem ao Grupo VR, do empresário Abram Szajman. As negociações visavam uma área de 20 mil metros quadrados no FL Plaza, localizado no Largo da Batata, na Ponta Norte da Avenida Faria Lima.
A recusa ocorreu em decorrência do cenário de desaceleração global, alta de juros – que prejudica especialmente empresas de tecnologia – e também por conta da tendência de trabalho híbrido ou remoto.
Ações da Amazon caem em 2022
Desde o início deste ano, as ações da companhia caem cerca de 30% na Nasdaq. Caso a big tech fechasse o contrato de aluguel com o Fundo XPPR11, ela se tornaria uma das maiores inquilinas do Edifício Faria Lima Plaza em conjunto com a Shopee, varejista de e-commerce de Singapura.
O edifício foi projetado pelo KPF, escritório de arquitetura americano que também desenhou outros prédios icônicos como o Hudson Yards e o Infinity, além das sedes da Meta (FBOK34) e do Credit Suisse no Itaim Bibi.
Atualmente a operação da Amazon no Brasil fica na Vila Olímpia, na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek.
Amazon (AMZO34) vai construir fazenda solar no Brasil
A companhia anunciou em setembro que aumentou seu portfólio de energia renovável. Entre os novos projetos está uma fazenda solar de 122 megawatts (MW) no Brasil, seu primeiro de energia renovável na América do Sul. O local da fazenda não foi divulgado no comunicado.
O projeto em terras brasileiras também vai contar com um investimento de US$ 380 mil em programas de preservação de biodiversidade. Segundo a Amazon, 850 postos de trabalho devem ser criados na construção do parque solar, com 30 permanentes no início das operações.
Ainda, a Amazon adicionou 2,7 gigawatts (GW) de capacidade em energia limpa em 71 novos projetos ao redor do mundo. Na Índia e na Polônia, os projetos também serão pioneiros na região.