Política

Eleições 2022: Brasil não tem virada no 2º turno desde a redemocratização

Lula (PT) somou 48,31% dos votos no primeiro turno das eleições 2022 contra 43,20% de Jair Bolsonaro (PL)

O eleitor brasileiro não vê uma virada no segundo turno de uma eleição presidencial desde a redemocratização, em 1989. Neste período, foram seis embates. O último deles foi em 2018 entre Jair Bolsonaro, que à época era candidato do PSL, e Fernando Haddad (PT). Bolsonaro venceu os dois turnos. Agora, Bolsonaro (com 43,20% dos votos no primeiro turno) enfrenta Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que somou 48,43% dos votos, no segundo turno das eleições 2022.

Na primeira eleição presidencial pelo voto direto, após 29 anos, em 1989, Fernando Collor, que era candidato pelo PRN, venceu Lula, que já era do PT. No primeiro turno, Collor teve 30,48% dos votos contra 17,19% de Lula e no segundo ele venceu com 53,03% contra 46,97% de Lula. 

Veja também: Eleições 2022: como fica a Bolsa após o primeiro turno

Nas eleições de 1994 e 1998, Fernando Henrique Cardoso, que era do PSDB, ganhou as eleições no primeiro turno duas vezes seguidas. Em 1994, teve 55,22% dos votos e em 1998 teve 53,06% dos votos. 

Em 2002, também não houve virada. Depois de perder três eleições seguidas. Lula triunfou no primeiro e no segundo turno, derrotando José Serra, do PSDB. No primeiro turno de 2002, Lula teve 46,44% e, no segundo, 61,27% dos votos. Serra ficou com 23,20% e 38,73%, respectivamente.

Em 2006, Lula liderou o primeiro turno com 48,61% dos votos e derrotou Geraldo Alckmin, do PSDB, que ficou com 41,64% no período. No segundo turno daquele ano, Lula venceu com folga somando 60,83% dos votos contra 39,17% de Alckmin. Vale lembrar que hoje Alckmin é candidato a vice-presidente na chapa de Lula. 

Em 2010, Dilma Rousseff somou 46,91% dos votos no primeiro turno e 56,05% no segundo, vencendo José Serra, que somou 32,61% e 43,95%, respectivamente.

No ano de 2014, Dilma também liderou os dois turnos das eleições, com 41,59% e 51,64% dos votos, contra 33,55% e 48,36% de Aécio Neves (PSDB).