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Putin anexa quatro territórios ucranianos à Rússia

Segundo Putin, as regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia agora fazem parte do país

O presidente russo Vladimir Putin assinou nesta sexta-feira (30) a anexação de quatro regiões da Ucrânia à Rússia. De acordo com o governo russo, as regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia agora fazem parte do país.

“Existem quatro novas regiões russas”, afirmou Putin durante a cerimônia feita para a anexação. “As pessoas que vivem nessas quatro regiões estão se tornando nossos cidadãos para sempre”, completou.

A anexação dos territórios ucranianos ocorreu após autoridades pró-Rússia realizarem referendos sobre a adesão à Rússia no leste sul da Ucrânia.

“A escolha das pessoas para fazer parte da Rússia está predicada na história”, afirmou o presidente russo.

Apesar das declarações de Vladimir Putin, países da Europa, os EUA e a Ucrânia não reconheceram o referendo nem os resultados. Com isso, a Ucrânia e o Ocidente rejeitam as votações, que foram organizadas às pressas sete meses após a invasão da Rússia, e são vistas como fraudes ilegítimas.

Putin anunciou mobilização militar parcial 

Em 21 de setembro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou uma mobilização militar parcial no país. Em um anúncio gravado exibido na televisão, Putin disse que o Ocidente “quer destruir nosso país” e que o mesmo tentou “transformar o povo da Ucrânia em bucha de canhão”. 

O presidente repetiu alegações anteriores em que ele culpou as nações ocidentais por iniciar uma guerra por procuração com a Rússia. Além disso, o presidente disse que “eventos de mobilização” começariam no mesmo dia do anúncio, sem fornecer mais detalhes. Também disse que ordenou um aumento no financiamento para aumentar a produção de armas da Rússia, tendo comprometido (e perdido) uma grande quantidade de armamento durante o conflito, que começou no final do ano passado. 

Uma mobilização parcial pode significar que as empresas e os cidadãos russos tenham que contribuir mais para o esforço de guerra. Apesar de ter invadido a Ucrânia em fevereiro,  a Rússia ainda não declarou guerra ao país, ele chama sua invasão de “operação militar especial”.

O presidente russo confirmou que os reservistas militares seriam convocados para o serviço ativo, porém,  insistiu que um recrutamento mais amplo de homens russos em idade de combate não estava ocorrendo. 

“Reitero, estamos falando de mobilização parcial, ou seja, apenas os cidadãos que estão atualmente na reserva estarão sujeitos ao recrutamento e, sobretudo, aqueles que serviram nas Forças Armadas têm certa especialidade militar e experiência relevante. Os recrutas passarão obrigatoriamente por treinamento militar adicional com base na experiência da operação militar especial antes de partir para as unidades”, afirmou Putin.