O IRB Brasil (IRBR3) não ocupa mais o posto de ação mais vendida da bolsa, segundo o monitor de short selling (venda a descoberto) da XP (XPBR31). De acordo com o relatório da corretora, a taxa de aluguel desabou 55 pontos entre os dias 9 de setembro e 23 de setembro.
Com isso, a resseguradora não está mais no ranking das 10 ações mais ‘shorteadas’ da bolsa. De acordo com a XP, o posto agora é ocupado pela MRV (MRVE3).
Nesta terça-feira (27), as ações do IRB Brasil caíram 3,60%, cotadas a R$ 1,07.
IRB (IRBR3) é processado por prejuízo aos acionistas
O IRB Brasil (IRBR3) está sendo alvo de uma Ação Civil Pública (ACP). O processo, divulgado na semana passada, está sendo movido pelo Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci). De acordo com a Ibraci, a resseguradora causou prejuízo aos seus acionistas após a revelação de uma série de fraudes nos últimos anos.
No processo, o instituto afirmou “que a ré agiu com dolo ao divulgar informações mentirosas de forma fraudulenta, lesando os seus acionistas e investidores interessados na aquisição de ações da companhia, uma vez que elas não refletiam a realidade”.
Segundo o Ibraci, caso “verificada a ocorrência de fatos típicos do crime contra o Sistema Financeiro Nacional”, os investidores não podem ser “obrigados a suportarem o ônus decorrente de atos ilícitos praticados pela ré, cabendo a ela indenizá-los, na forma do artigo 927 do Código Civil”.
“A ação saiu de R$ 34,37 em 31/01/2020 para R$ 5,60 em 20/03/2020 e atualmente encontra-se em R$ 1,18, em 14/09/2022. Ou seja, a ação simplesmente virou pó“, escreveu o Ibraci.
O IRB também está sendo acusado pelo Ibraci por “quebra da boa-fé subjetiva, dada a atitude dolosa da ré em fraudar suas informações, induzindo os investidores a erro”.