Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11): momento é de entrada, diz BBA

Desvalorização das ações nos últimos meses é oportunidade de compra

Segundo o Itaú BBA, o momento é de entrada para os papéis da Suzano (SUZB3) e da Klabin (KLBN11), considerando a alta no preço da celulose, a queda do dólar e a desvalorização das ações nos últimos meses. 

“Enquanto os investidores estão preocupados com uma possível correção nos preços da celulose a curto prazo, nós acreditamos que essa possibilidade está precificada pelo menos parcialmente e vemos um bom ponto de entrada para ambas as ações”, afirmam os analistas do banco.

Daniel Sasson, Marcelo Furlan, Edgard Pinto e Barbara Soares, que assinam o relatório, apontam que o preço da celulose de fibra curta na China cresceu 50% desde o início do ano, enquanto a valorização do real no mesmo período foi de apenas 3%. Já a cotação dos papéis das companhias caiu 29%. Para eles, os preços devem começar a se normalizar a partir do quarto trimestre deste ano.

“No caso da celulose, muitos investidores preveem um preço correção a partir do 4T22. Dito isso, acreditamos que o mercado de alguma forma já começou a considerar esse possível reajuste do preço da celulose, dada a dissociação que temos entre os preços das ações e os preços da celulose”, disse a equipe do Itaú BBA.

Com isso, a recomendação do Itaú BBA para as ações das companhias é de “compra”. No caso da Klabin, o preço-alvo ficou em R$ 24. Para os papéis da Suzano, o preço-alvo estipulado pelos analistas foi de R$ 63.

UBS BB corta preço-alvo de Suzano e Klabin

Na contramão do Itaú BBA, o UBS BB, no entanto, cortou o preço-alvo para as duas empresas, com os preços da celulose no mercado internacional no radar. 

Segundo a equipe de analistas do banco, liderada por Cadu Schmidt, os preços devem se sustentar até o último trimestre deste ano, mas destacam que uma menor demanda e queda na taxa operacional das empresas vão começar a pressionar os preços da fibra curta já em outubro.

Os papéis da Klabin (KLBN11) tinham alta de 0,06%, a R$ 18,07, por volta das 15h40 (de Brasília) desta terça-feira (27). Já as ações da Suzano (SUZB3) subiam 2%, a R$ 43,32, entre as maiores altas do Ibovespa.