Karoon pretende se tornar 3ª petrolífera do Brasil em 2023

A previsão é que a Karoon chegue, no próximo ano, a uma produção média de mais de 30 mil barris ao dia

A petroleira australiana, Karoon Energy, almeja se tornar a terceira maior produtora privada de petróleo do Brasil, excluindo a Petrobras (PETR4), ainda no primeiro semestre de 2023, segundo o presidente global da companhia, Julian Fowles. 

A previsão é que a Karoon chegue, no próximo ano, a uma produção média de mais de 30 mil barris ao dia de petróleo, a partir do campo de Baúna, na Bacia de Santos. 

A empresa deve celebrar ao final deste ano a marca de US$ 1 bilhão investidos no País desde que estabeleceu a subsidiária brasileira, em 2008. 

O investimento previsto é de US$ 135 milhões com o objetivo de aumentar a produção no campo de Baúna, primeiro ativo em produção que opera no Brasil, adquirido no processo de desinvestimentos da Petrobras. 

De acordo com dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), ao final de junho, a Karoon era a nona maior produtora privada do país, com um volume atual em um patamar de 22 mil barris por dia. 

Atualmente, a companhia tem contrato com a Shell para a comercialização do petróleo brasileiro.

Karoon irá investir US$ 190 milhões em 2023

A empresa irá investir mais de US$ 190 milhões com o objetivo de desenvolver a descoberta de Patola no mesmo campo. O montante, segundo a petrolífera, será utilizado para atingir a meta de produção para o próximo ano. 

Segundo Fowles, o foco segue sendo em águas rasas, mas não fechou a porta para oportunidades no pré-sal. “Agora é momento forte para aquisições, há mais empresas desinvestindo de ativos que são do interesse da Karoon”, declarou. 

Até o momento, todos os ativos da empresa no país estão no pós-sal da Bacia de Santos. Segundo Fowles, o foco potencial de novas aquisições está em ativos em fase de produção ou avaliação, principalmente nas Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo.

Em paralelo ao projeto de Baúna, a Karoon vai investir US$ 70 milhões na perfuração de dois poços de controle na descoberta de Neon, na Bacia de Santos, que vai ajudar a definir o futuro desenvolvimento da área.