A Espanha avança com uma proposta de taxação temporária para grandes fortunas. A medida deverá afetar a parcela de 1% da população mais rica do país, segundo a ministra da Fazenda do país, María Jesus Montero.
A medida ocorre por conta dos efeitos da guerra da Ucrânia na economia e o governo espera realizar a cobrança a partir de 2023, segundo Montero, em entrevista ao canal “La Sexta”. “É um momento de pedir um esforço maior”, disse a ministra, sobre a população mais rica.
Além disso, Montero afirmou que a intenção é que a crise não recaia sobre a população mais vulnerável, e apontou medidas de taxação de empresas de energia e bancos como exemplos dessa intenção.
O ministério vem trabalhando para poder financiar ajuda à classe média e trabalhadora, o que faz com que as contribuições sejam necessárias, de acordo com a Ministra.
Redução de impostos
A ministra também destacou programas de apoio para o pagamento de combustíveis e aos estudantes do país. “Pedimos um esforço temporário das grandes fortunas para que possamos aliviar aqueles que tem dificuldades”, afirmou.
A gestão do presidente de governo Pedro Sánchez já reduziu o imposto sobre valor agregado (IVA) sobre o gás no país, de 21% para 5%, em um movimento para beneficiar a “classe média trabalhadora ao mesmo tempo em que é feita uma distribuição equitativa”, segundo Sánchez. Além de avançar com a taxação de fortunas e grandes empresas.
Na país, o imposto sobre grandes fortunas vigorou por mais de 15 anos até ser extinto em 2008, mas acabou sendo reintroduzido no país em 2012. A faixa de isenção é de 700 mil euros (R$ 4,6 milhões) e as alíquotas mínimas variam de 0,5% (piso) a 2,5% (teto), em algumas regiões do país chegam a cobrar percentuais superiores. A arrecadação é de cerca de 0,2% do PIB espanhol.