O presidente russo Vladimir Putin deverá realizar um pronunciamento na próxima quarta-feira (21). Veículos internacionais especulam que o líder russo irá declarar oficialmente guerra contra a Ucrânia.
Na manhã desta terça-feira (19), os canais de comunicação russos anunciaram que Putin realizaria um pronunciamento às 20:00 (horário de Moscou), o primeiro desde fevereiro, quando a Rússia promoveu uma invasão contra a Ucrânia.
No entanto, segundo a jornalista Amy Mackinnon, repórter do “Foreign Policy”, muitos canais no Telegram vinculados a Moscou começaram a divulgar que o discurso de Putin seria adiado para quarta-feira.
Telegram accounts are reporting that Putin’s speech has been postponed till tomorrow. Condolences to all who spent the past two hours watching Russian state TV.
— Amy Mackinnon (@ak_mack) September 20, 2022
“Go to bed”https://t.co/CkDe1xp0wo
— Amy Mackinnon (@ak_mack) September 20, 2022
Putin acusa UE de bloquear doação de fertilizantes a países pobres
Nesta terça-feira, o presidente russo Vladimir Putin acusou a União Europeia (UE) de bloquear a doação de 300.000 toneladas de fertilizantes russos para os países pobres. A Rússia tem se queixado dos obstáculos às exportações por parte dos países ocidentais.
“O cúmulo do cinismo é que mesmo nossa oferta de transferir 300.000 toneladas de fertilizantes russos, bloqueados em portos europeus devido a sanções, gratuitamente aos países que precisam, continua sem resposta”, afirmou Putin em evento que contou com a presença de cerca de vinte embaixadores.
“Está claro: eles não querem deixar nossas empresas ganharem dinheiro. Mas queremos dar gratuitamente aos países necessitados”, reclamou.
As sanções ocidentais têm dificultado o país comandado por Putin, que é uma potência agrícola e grande exportadora de fertilizantes. Em 2021, a Rússia era a maior exportadora de fertilizantes nitrogenados e o segundo maior fornecedor de fertilizantes de potássio e fósforo, de acordo com Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Segundo Putin, são os países da África, do Sul da Ásia e da América Latina que “foram afetados pelas restrições ocidentais ao fornecimento de energia, alimentos e fertilizantes russos aos mercados mundiais”. Para o governante russo, as sanções promovidas pela Europa são ilegítimas.