O novo CEO da Eletrobras (ELET3), Wilson Ferreira Júnior, assume seu posto oficialmente nesta semana após ter deixado o comando da Vibra (VBBR3). A companhia comunicou a mudança nesta segunda-feira (19), em fato relevante à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Com isso, CEO da Eletrobras que atuava como interino, Rodrigo Limp Nascimento, passa a ser Diretor de Regulação e Relações Institucionais efetivamente – antes da posse de Wilson Ferreira Júnior, Limp acumulava os dois cargos.
Vale lembrar que Ferreira Júnior já presidiu a companhia em 2016, quando Michel Temer (MDB) o chamou para o cargo. À época, a empresa era estatal.
Novo CEO da Eletrobras deixa cargo de presidente da Vibra
A Vibra Energia (VBBR3) informou que o atual presidente, Wilson Ferreira Júnior, deixará o cargo de presidente da companhia nesta segunda-feira (19).
“Wilson Pinto Ferreira Júnior foi eleito presidente em 03 de fevereiro de 2021 e teve papel fundamental no processo de consolidação da Companhia e na abertura de novas avenidas de crescimento, com destaque para os relevantes avanços no campo da transição energética. O Conselho de Administração agradece a Wilson Ferreira por toda sua dedicação e contribuição ao longo desse tempo como Presidente”, afirmou a companhia, em nota.
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O cargo de presidente da companhia será desempenhado interinamente por André Corrêa Natal, atual Vice Presidente Executivo de Finanças, Compras e RI da Companhia, de acordo com a indicação aprovada pelo Conselho de Administração em reunião realizada dia 16 de setembro de 2022, “sem prejuízo das suas funções atuais, as quais seguirá exercendo cumulativamente”.
O executivo, que irá assumir a Eletrobras, estava na Vibra desde 2019, quando teve início o processo de privatização da companhia.
Eletrobras (ELET3;ELET6) pode investir mais de R$ 15 bilhões por ano
A companhia pode ter condições de investir ao menos R$ 15 bilhões por ano em decorrência do processo de capitalização. A projeção de Wilson Ferreira Jr., novo presidente da companhia, foi feita durante o 10º Fórum Lide de Infraestrutura, Logística e Energia, promovido para empresários pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), segundo apurado pelo jornal “Valor Econômico”.
De acordo com o executivo, o Brasil é um país com pouquíssimo investimento em infraestrutura, em torno de 1,5% do PIB, enquanto países de primeiro mundo aportam mais de 4,5%. Ainda assim, a criação de marcos regulatórios, como de gás, portos e saneamento, tem criado condições atrativas de capital e processos de concessões e privatizações – pelo qual a Eletrobras passou.
“Uma das razões da Eletrobras ter sido levada para o processo de capitalização é que ela não tinha capacidade de investimento. Ela investia R$ 4 bilhões por ano, [mas] só para manter a posição a empresa precisava de R$ 14 bilhões. A partir de agora, com a capitalização, ela consegue investir R$ 15 bilhões, no mínimo”, calculou Ferreira Jr.
