A defesa de Elon Musk argumentou que a decisão do Twitter (TWRT34) de pagar a um delator demitido pela empresa dá a ele mais uma justificativa para rescindir seu acordo de US$ 44 bilhões para comprar a rede social.
Os advogados de Musk, por meio de carta enviada à companhia na sexta-feira (9), afirmaram que o Twitter não buscou o consentimento do bilionário antes de pagar US$ 7,75 milhões a Peiter Zatko e seus advogados, o que viola o acordo de fusão.
Portanto, o bilionário “não é obrigado” a concluir a fusão, dizia a carta, segundo o “Investing”. Uma cópia do documento foi protocolada na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.
Twitter se diz comprometido em concluir acordo com Musk
A empresa disse estar comprometida em concluir a fusão, que exige de Musk um pagamento de US$ 54,20 por ação. As ações da companhia fecharam a sexta-feira (9) a US$ 42,19.
Zatko, conhecido como Mudge, era o principal executivo de segurança da empresa antes de ser demitido em janeiro. Mais tarde, ele disse aos reguladores que o Twitter havia os enganado em relação às suas práticas de segurança e como combate hackers e spam.
Os advogados de Musk disseram que o pagamento da indenização foi feito sob um acordo em 28 de junho entre Zatko e o Twitter.
Musk poderá adicionar novas denúncias em processo
O bilionário foi autorizado a adicionar novas alegações no processo contra o Twitter. A juíza de Delaware, Kathaleen McCormick, que conduz o caso afirmou que ele poderá incorporar novos detalhes sobre uma denúncia do ex-chefe de segurança do Twitter, Peiter Zatko, demitido pela empresa no começo deste ano.
Na última quarta-feira (7), a juíza McCormick disse que existe uma regra da Corte de Chancelaria em que a permissão para emendas deve ser “dada livremente quando a justiça assim o exigir”. A decisão foi tomada pela juíza após uma audiência no início desta semana sobre questões legais pendentes no embate entre Twitter e Musk.