IRB (IRBR3) fecha em queda de 14% em dia de precificação de oferta

Oferta deve contar com a participação dos dois maiores acionistas do IRB

As ações da resseguradora IRB Brasil (IRBR3) fecharam em queda de 14,63% nesta quinta-feira (01), dia em que a companhia precifica a sua oferta de ações. O IRB Brasil está na busca de R$ 1,2 bilhão para cumprir as exigências regulatórias da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A oferta deve contar com a participação dos dois maiores acionistas do IRB, Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4). 

O prazo para a companhia regularizar o capital termina em 31 de outubro. Caso o IRB não cumpra com os regulamentos até a data, a companhia pode ser submetida a um regime especial de direção fiscal por parte da Susep, que indicaria um diretor fiscal para supervisioná-lo.

A companhia apresentou, no segundo trimestre deste ano, um novo desenquadramento regulatório, com apenas 64% do patrimônio líquido ajustado necessário e insuficiência de cobertura de provisões técnicas no valor de R$ 730 milhões.

A administração do IRB argumenta que essa insuficiência é legado das políticas expansionistas implementadas pela gestão antiga. Ainda, segundo a companhia, a pandemia de covid-19 entra na conta.

IRB também anunciou transações para elevar caixa

Nas últimas semanas, a companhia anunciou duas transações que devem elevar seu caixa em quase R$ 190 milhões. O montante, no entanto, está longe de resolver a insuficiência de capital da empresa, considerando que em junho, o IRB precisava de R$ 729 milhões para cobrir as exigências da Susep.

Na última terça-feira (30), às vésperas da precificação, o IRB Brasil anunciou a negociação de sua sede, um prédio histórico no centro do Rio de Janeiro, com o Sebrae-RJ, por R$ 85,3 milhões. 

Depois, ainda no mesmo dia, a companhia informou um acordo que permitirá a venda de sua participação em shopping center voltado ao ramo de decoração que renderá mais R$ 100 milhões. Atualmente, o IRB detém 20% do Casashopping.