O Bitcoin (BTC), após ser negociado na região dos US$ 19.800 na manhã da última segunda-feira (29), em meio a um fim de semana de perdas, se equilibra em patamar considerado crítico nesta terça-feira (30). A criptomoeda está sendo negociada pouco acima dos US$ 20 mil. Porém, em sinal de alívio após os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na semana passada.
Powell reforçou o compromisso da entidade em combater a inflação no discurso da semana passada.O Bitcoin é negociado a US$ 20.454, às 7h desta terça-feira (30), em alta de 3% nas últimas 24 horas.
“O cenário macro teve muita influência o ano todo, e esta semana e depois de Jackson Hole, o mercado foi lembrado de que o mesmo tipo de desafios inflacionários com baixo desemprego permanecem”, afirma Luke Farrell, trader de criptomoedas da empresa de classificação de ativos digitais GSR.
“Está havendo um pouco de reavaliação do otimismo que veio após a a divulgação do CPI (dado de inflação ao consumidor nos EUA) no mês passado e um pouco das condições de sobrevenda que começaram em junho”, acrescenta.
A maior parte do resgate semanal da gestora de fundos CoinShares, US$ 29 milhões deUS$ 46 milhões, foi sacada de fundos de Bitcoin.
“Nosso último relatório de fluxos de fundos em duas palavras: apatia do investidor. Sem catalisadores de curto prazo no horizonte, então vamos esperar”, afirma Meltem Demirors, diretora de estratégia da CoinShares, via Twitter.
Com os mercados aguardando novos dados do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) dos EUA no próximo mês, e a próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), a volatilidade deve permanecer alta no curto prazo, segundo Farrel, da GSR.
“Há muitos dados diferentes chegando para o mercado considerar e isso significa um pouco mais de volatilidade no curto prazo”, diz Farell. Além disso, o especialista destacou outro gatilho, em relação ao Ethereum (ETH), de que a atualização Merge (fusão, em português) deve ser finalizada entre os dias 15 e 16 de setembro.
O evento impulsiona a criptomoeda, mesmo com uma avaliação contrária do Bank of America. Com isso, o ETH sobe quase 10% nesta terça (30), para US$ 1.595.
A alta puxa outros ativos relacionados, como o token da plataforma Lido, que sobe 16,7%, e o sintético Lido Staked Ether (stETH), que sobe 10%.
Avalanche nega boatos e AVAX dispara
Emin Gün Sirer, da Ava Labs, afirmou que as alegações de que a empresa esteja envolvida em uma campanha de difamação nos bastidores contra concorrentes da blockchain Avalanche são “categoricamente falsas”.
“Essas alegações evidentemente surgiram quando Kyle Roche, advogado de uma firma que contratamos nos primeiros dias de nossa empresa, tentou impressionar um potencial parceiro de negócios fazendo falsas alegações sobre a natureza de seu trabalho para a Ava Labs”, afirma Gün Sirer, em comunicado.
Com as alegações, o token AVAX da Avalanche caiu cerca de 11%, entretanto o preço recupera parte das perdas desde então. Na manhã desta terça (30), o AVAX opera em alta, de 13,3%.
FBI alerta para perigos do DeFi
Com as plataformas DeFi, que não usam intermediários para realizar transações financeiras em blockchain, sofrendo vários ataques importantes este ano, o FBI (Federal Bureau of Investigation) pediu às plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) que reforcem as medidas de segurança. Além de alertar os investidores contra as vulnerabilidades nessas plataformas.
Bitso comecará a oferecer rendimento com ETH
A Exchange Bitso informou, na última segunda-feira, que começará a oferecer rendimento para depósitos de ETH na plataforma da empresa. Atualmente, só eram aceitos depósitos de Bitcoin e stablecoins de dólar.
Adicionar ETH à oferta “era o passo natural, não apenas devido à alta adoção dessa criptomoeda entre nossos clientes, mas também porque o ecossistema Ethereum vem mostrando uma trajetória incrível de inovação desde o início”, segundo Thales Freitas, CEO da Bitso no Brasil.
Com liquidez diária, a aplicação paga rendimentos em dólar, de 2% ao ano para até 1 ETH, e 0,5% anuais para mais de 1 ETH depositados.