A Usiminas (USIM5) teve seus papéis de compra rebaixados para neutro pelo BTG Pactual (BPAC11) por “perspectivas nebulosas” da empresa de mineração. Em novo relatório, as ações tiveram preço-alvo fixado em R$ 10.
Os analistas do BTG acreditam que a Usiminas deve sofrer com uma redução de lucros nos próximos meses, além de ter seu risco em elevação por conta de ficar à mercê de muitos fatores.
Mesmo assim, a mudança se dá em meio a múltiplos citados como relativamente atrativos para os papéis.
“É inegável que nós nos sentimos um pouco estranhos em rebaixar uma ação que negocia a 2,9 vezes o Ebitda estimado para 2023 e concordamos que é um movimento tardio, pois o mercado já está em baixa com o nome. No entanto, não conseguimos ver como a ação terá um bom desempenho nesse ambiente”, diz os analistas do BTG.
Segundo os especialistas, a deterioração das perspectivas se dá por alguns pontos, entre eles, a falta de retornos relevantes para os acionistas, a visibilidade operacional limitada, riscos macroeconômicos elevados e deterioração nas projeções dos lucros.
Nesse sentido, o BTG aponta que, por cobrir a Usiminas desde 2006, a visibilidade dos resultados está em um dos pontos mais baixos dos últimos anos, pois há uma série de problemas e riscos específicos de ‘baixo para cima’ que estão afetando a empresa de forma assimétrica.
Segundo o banco de investimento, a preferência do setor de mineração é a Gerdau (GGBR4). Para os analistas, a expectativa é que a diferença de desempenho entre as duas empresas aumente no futuro.
As ações da empresa caem desde semana passada após anúncio de um investimento bilionário que não foi bem aceito pelo mercado. Com isso, por volta das 15h (horário de Brasília) desta segunda-feira (29), os papéis da Usiminas (USIM5) caíam 4,27%, vendidos a R$ 8,30.