O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse, na última sexta-feira (26), que Moscou não irá interromper a guerra. Segundo Medvedev, os confrontos seguirão, mesmo que Kiev desista, formalmente, de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Medvedev também destacou, em entrevista a um canal francês, que a Rússia pode negociar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, sob “algumas condições”.
Antes de iniciar a guerra com a Ucrânia, em fevereiro deste ano, o governo russo já havia dito que a entrada da Ucrânia na Otan não seria aceita.
“Renunciar à participação na aliança do Atlântico Norte agora é vital, mas já é insuficiente para estabelecer a paz”, afirmou Medvedev em entrevista ao canal LCI.
Segundo o aliado de Putin, a Rússia quer “desnazificar” a Ucrânia. Para o Ocidente e também para Kiev, este é apenas um pretexto sem fundamentos para conquistar território através de confrontos militares.
As perspectivas de retomada de negociações entre Rússia e Ucrânia não são tão grandes, visto que os dois países já tentaram, por diversas vezes, entrar em um acordo.
“As negociações dependerão de como os eventos se desenrolam. Estávamos prontos antes para nos encontrar (com Zelenskiy)”, disse o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
Ajuda militar de Biden à Ucrânia na guerra contra a Rússia
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou, na última quarta-feira (24), que fornecerá uma ajuda militar de quase US$ 3 bilhões a Kiev. O anúncio foi feito no dia em que a Ucrânia celebrou o Dia da Independência e seis meses após o início da guerra com a Rússia.
“Eu tenho orgulho de anunciar nossa maior parcela de assistência à segurança até o momento: aproximadamente US$ 2,98 bilhões em armas e equipamentos que serão entregues por meio da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia”, disse o presidente dos EUA, em comunicado.
“Isto permitirá que a Ucrânia adquira sistemas de defesa aérea, sistemas de artilharia e munições; sistemas aéreos não tripulados e radares para garantir que possa continuar se defendendo a longo prazo”, completou Biden sobre sua ajuda na guerra entre Ucrânia e Rússia.