Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “faraó dos Bitcoins”, registrou na segunda-feira (15) sua candidatura a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. O ex-garçom se filiou ao partido Democracia Cristã (DC) em abril desse ano.
O “faraó dos Bitcoins” declarou à justiça eleitoral um patrimônio de cerca de R$ 60 milhões. Santos afirma possuir um apartamento de R$ 450 mil e R$ 60 milhões referentes a participações societárias em empresas.
Além da declaração de bens, Santos apresentou suas certidões criminais e enfrenta 16 processos abertos na justiça federal do Rio de Janeiro.
O “faraó dos Bitcoins” foi preso em 25 de agosto de 2021 no âmbito da operação Kryptos da Polícia Federal, acusado de comandar uma fraude milionária. Na ocasião, os agentes da PF apreenderam 591 bitcoins, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie.
Empresa criada por “faraó dos Bitcoins” é processada após calote de R$ 144 mil
Recentemente, a GAS Consultoria, criada por Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “faraó dos Bitcoins”, foi processada pelo Banco do Brasil (BBAS3) após um calote de R$ 144,8 mil. A empresa fez um empréstimo no banco quando Santos já estava preso.
Após o não pagamento do empréstimo, a instituição financeira entrou na Justiça, com um processo na 2ª Vara Cível da Comarca de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. As informações são do jornal “O Globo”.
Segundo o jornal, o empréstimo foi feito no nome de Santos, mas não há informações sobre quem efetivamente sacou o dinheiro e para qual conta ele teria sido direcionado.
A GAS Consultoria seduzia clientes com promessas de rendimentos que viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, o modelo de operação se revelou como uma pirâmide financeira, desencadeando uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.
Em junho, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu um habeas corpus para Santos. Após ser solto, os ministros da 5ª Turma revogaram sua prisão preventiva no caso referente à Operação Kryptos. No entanto, este é um dos quatro processos pelos quais Glaidson responde, logo continua preso.
Em relatório recente entregue à PF, a Receita Federal afirma que o “faraó dos Bitcoins” teria usado uma advogada como laranja para converter criptomoedas em R$ 228 milhões mesmo após sua prisão.