As ações do Magazine Luiza (MGLU3) operam em forte queda na bolsa de valores de São Paulo (B3), nesta quinta-feira (11). O tombo dos papéis na bolsa é de mais de 7%, com as ações cotadas a aproximadamente R$ 3,05. A queda acontece horas antes da divulgação de resultados da varejista.
De acordo com o especialista Paulo Luives, da Valor Investimentos, a queda não passa de uma realização do mercado. Isso porque as ações do Magalu fecharam o pregão da última quarta-feira (10) em alta de 6,82%, cotadas a R$ 3,29.
“É mais um movimento de realização pelo dia forte de ontem. O mercado sobe no boato e cai no fato. Talvez esteja precificando um resultado um pouco mais fraco das empresas de varejo, mas não é um movimento específico. Uma queda de 7% se tratando de magalu e da volatilidade que esse papel tem, não é uma queda tão impactante”, disse Luives.
Na última quarta-feira (10), dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) evidenciaram a falta de perspectivas positivas para o cenário verejista. O volume de vendas no varejo caiu 1,4%, na série com ajuste sazonal. Essa foi a maior queda desde dezembro do ano passado, quando as vendas no comércio varejista recuaram 2,9%.
Mesmo assim, as ações do Magalu performaram bem na bolsa de valores na última quarta.
Desafios do Magazine Luiza (MGLU3) para os próximos trimestres
Analistas consultados pelo BP Money afirmaram que o Magalu terá desafios para além do cenário macroeconômico. Segundo os especialistas, as margens para varejistas seguem pressionadas, com a alta da taxa de juros e a inflação também alta.
O Magazine Luiza, na visão dos especialistas, precisaria montar uma nova estratégia para o seu negócio, para poder voltar a chamar atenção do mercado. Isso porque, atualmente, existem diversas empresas que oferecem serviços similares ao da varejista.
Para Thomas Pedrinelli, analista CNPI responsável pela MundoInvest, apenas oferecer descontos maiores do que o de seus concorrentes não será suficiente para reerguer a companhia.
“Magazine Luiza é uma boa empresa, tem seus desafios pela frente, mas não acredito no case Magazine Luiza, porque uma empresa que vem pelo preço em uma era digital, provavelmente também vai ser tomada por outra empresa que também vem pelo preço”, disse Pedrinelli.