O Santander (BCSA34) recomenda a compra de ações da Vivara (VIVA3), destacando o valuation atrativo da empresa e o potencial de expansão da Life, a marca de acessórios de prata da varejista. O banco vê a Vivara negociando a 13x seu lucro estimado para o ano de 2023.
Essa análise “faz da Vivara uma barganha e uma adição atraente para qualquer carteira de longo prazo,” segundo os analistas Eric Huang e Ruben Couto. O banco colocou R$ 33 como preço-alvo para os próximos doze meses, com um upside potencial de cerca de 40% em relação ao preço de tela. Com isso, o papel da varejista subiu 7,5% por volta do meio-dia.
A expansão da Life é um dos pontos chaves para a recomendação de compra pelo Santander. A marca surgiu em 2011 como uma linha de produtos e foi separada como uma marca independente recentemente.
Atualmente, o banco espera que a Vivara possa abrir “facilmente” de 30 a 40 lojas da Life por ano até 2026, chegando a mais de 200 lojas, dessa forma, a marca corresponderia a quase metade (42%) da receita da empresa.
“Acreditamos que a precificação de seus produtos os posiciona para competir diretamente com outros acessórios e roupas (como saltos altos e vestidos) na hora de comprar presentes, o que implica uma expansão de seu potencial de crescimento.” afirmam.
A expansão da Life também contribuiria para uma alta nas margens da companhia, já que a marca tem uma margem bruta maior que a Vivara.
Posição da Vivara (VIVA3) no mercado
A posição de dominância da Vivara (um market share de 14% em comparação a 2,8% do segundo player do setor) permite que a empresa tenha um modelo de negócios verticalizado, que contribui para os resultados, segundo o Santander.
“Essa escala permitiu que a empresa operasse uma fábrica na Zona Franca de Manaus, onde são fabricados 80% dos produtos vendidos,” afirmam os analistas. “Na nossa visão, só essa escala permite diluir os custos de produção e logística, justificando seu modelo verticalizado.”, acrescentam.
Para o banco, a execução desse plano agressivo de expansão e o fim de dois benefícios fiscais que a Vivara (VIVA3) tem hoje, o que reduziria o valor justo da empresa em 20%, são os maiores riscos.