Política

Bolsonaro almoça com executivos do Santander, Bradesco, Itaú e XP

Evento ocorre após várias figuras do setor bancário, como Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, assinarem um manifesto pró-democracia da Fiesp

O presidente Jair Bolsonaro (PL) almoçou nesta segunda-feira (08) com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). O evento ocorre após várias figuras do setor bancário, como Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, assinarem um manifesto pró-democracia da Fiesp. Reunião é vista como uma reaproximação do presidente com o setor financeiro. 

Segundo o jornal “Folha de São Paulo”, o presidente do Bradesco (BBDC4), Luiz Carlos Trabuco, Milton Maluhy (Itaú), Mario Leão (Santander), Fausto Ribeiro (Banco do Brasil), Daniella Marques (Caixa Econômica Federal), José Berenguer (Banco XP), Daniel Darahem (J.P. Morgan), Marcelo Marangon (Citibank) estavam presentes na reunião com Bolsonaro.

Há duas semanas atrás, Bolsonaro afirmou que os bancos assinaram o manifesto da Fiesp porque o governo deu uma “paulada” neles com o Pix. 

“Não existe liberalismo sem democracia”, afirma presidente da Fiesp

Assinada pela Febraban e por vários banqueiros, o manifesto pró-democracia da Fiesp já soma mais de 500 mil assinaturas. Na sexta-feira (05), Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), declarou ao jornal “Folha de S.Paulo” que “não existe liberalismo, economia de mercado ou propriedade privada sem que exista segurança jurídica”.

Além da Febraban, Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) e Fecomercio, do comércio, o documento foi assinado por 107 entidades. Personalidades como o ex-presidente Michel Temer, o jurista Miguel Reale Junior e o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, também estão entre as assinaturas.

“Não há como ignorarmos a insegurança criada pela contestação da confiabilidade do sistema eleitoral e do Judiciário”, disse o presidente. Ainda, Gomes da Silva entende que é  preciso defender o que “é central para a democracia, o processo eleitoral”, que no Brasil é seguro e que tem “feito eleições desde 1996 com sucesso e sem questionamento”. 

O empresário também negou que o manifesto seja partidário, ou que esteja ao lado do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Na entrevista, o presidente da Fiesp disse que o documento defende um valor que atende os interesses tanto da direita quanto da esquerda, e acrescentou que todos os candidatos serão convidados a assinar. O presidente Jair Bolsonaro já se manifestou, dizendo que não irá assinar o manifesto.